Mais de dois anos depois de colocar na mesa a venda de sua participação na gigante dos alimentos JBS - e vivendo uma relação cercada de polêmicas -, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começou a se desfazer do investimento na manhã de desta quinta-feira, 16, em uma operação que movimentou cerca de R$ 2,6 bilhões. A transação foi feita por meio de um leilão na bolsa de valores.
O banco vendeu 70 milhões de ações, uma fatia de aproximadamente 12% de sua participação na empresa da família Batista, ou 2,95% do capital. Antes da transação, o banco de fomento tinha uma fatia de 24,5% na empresa, a maior exposição da carteira em renda variável da instituição financeira.
Apesar de o mercado estar enfrentando grande aversão ao risco, a venda pelo banco ocorre em um momento em que a ação da JBS está na sua máxima histórica, valendo na B3 quase R$ 90 bilhões.
Na gestão de Gustavo Montezano, o BNDES reduziu em quase R$ 80 bilhões sua carteira de renda variável, se despedindo das chamadas gigantes nacionais, como Petrobras, Vale e Suzano. Para seguir vendendo suas ações da JBS, até zerar sua posição, o BNDES terá que aguardar ao menos 90 dias, já que se comprometeu com investidores a esperar esse prazo para realizar um novo movimento.
Procurado, o BNDES não comentou.