PUBLICIDADE

Publicidade

BNDES investe mais R$ 82 mi na MPX

Por ANTONIO PITA E VINICIUS NEDER
Atualização:

A partir de uma avaliação de ?grande potencial? de crescimento e valorização da MPX - empresa de energia do Grupo EBX, de Eike Batista, que teve o controle vendido para a E.ON -, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou, na quinta-feira, 22, o aporte de R$ 82 milhões na operação de aumento de capital da empresa.A alemã E.ON, que detém 36,5% das ações da companhia, já investiu R$ 289 milhões e deve elevar sua participação após o término da capitalização, marcado para a próxima terça-feira, 26. O aumento de capital previsto é de R$ 800 milhões.A operação do banco foi realizada por sua empresa de participações, a BNDESPar, que detém 10,3% das ações. O objetivo era manter a participação, temendo uma diluição das ações com o aumento de capital. Na avaliação do banco, a empresa possui bons ativos, que podem se valorizar nos próximos anos com a execução do plano de investimentos.Fontes da instituição indicam que a companhia ?tem bastante futuro? e ?vale mais do que o investimento feito?. Em nota, o BNDES afirmou que o aporte buscou ?preservar o interesse econômico? do banco. Os recursos investidos serão destinados ao caixa da companhia para a manutenção do plano de investimentos.O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reforçou os ?bons fundamentos? da empresa. ?A análise fundamental do banco mostra um grande potencial. É uma empresa que tem um portfólio de projetos muito interessante?, disse Coutinho, após participar de um evento de comércio exterior no Rio.Grupo ?X?O braço de participações do BNDES também possui ações nas empresas MMX, de mineração, e OGX, de petróleo. Questionado se a análise vale para outras empresas do Grupo EBX, Coutinho respondeu: ?Lembre-se que a MPX hoje é uma empresa da E.ON?.A ênfase no novo controle da empresa reforça a estratégia da MPX de se desvincular do empresário Eike Batista para evitar a contaminação com a crise financeira e de credibilidade que atinge seus negócios. Em julho, o empresário comunicou a saída do conselho de administração e o ?controle compartilhado? com a E.ON.Executivos da empresa alemã já atuam na diretoria da MPX, que vai mudar de nome para se dissociar completamente do grupo EBX. Eike deve ter sua participação limitada a 15%, mas ainda pode ajudar a administração. ?Eike está muito desgastado. A saída tira a companhia dos holofotes de notícias negativas e dá mais tranquilidade para os trabalhos?, afirmou a fonte do BNDES.Para a fonte, a empresa alemã ainda tem ?apetite para aumentar sua exposição?. Em comunicado divulgado na quarta-feira, a E.ON informou que subscreveu R$ 289 milhões em ações. A estimativa, em julho, era de que a empresa chegasse a investir até R$ 366 milhões. Uma nova rodada para aquisição de ações foi iniciada na quinta-feira, 22.Até agora, cerca de 80% dos acionistas minoritários participaram da capitalização. Segundo a MPX, ainda há quase 35 milhões de ações ordinárias disponíveis, que poderão ser negociadas a R$ 6,45 cada. Caso as aquisições não alcancem o valor de R$ 800 milhões, previsto para a realização do plano de investimentos, o banco BTG garantirá o aporte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.