RIO E SÃO PAULO- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um empréstimo de R$ 508 milhões à BH Airport, concessionária do Aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, depois de quatro anos de análise e idas e vindas nas condições do contrato de concessão.
A BH Airport, controlado pelo consórcio formado pela CCR e pela operadora Zürich Airport International, administra o terminal desde 2014. Confins entrou na primeira fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL), no primeiro governo Dilma Rousseff. O leilão ocorreu em novembro de 2013.
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Houve atrasos em obras de responsabilidade da Infraero. Em dezembro, os sócios fizeram um aumento de capital de R$ 566 milhões, para fazer frente às obrigações geradas pelos “descumprimentos” do governo relacionados ao contrato com a concessionária, afirmou na época um executivo da CCR.
A reabertura para grandes voos comerciais no Aeroporto de Pampulha, na região central da capital mineira, também alteraria as condições da concessão de Confins, que fica a 40 quilômetros do centro da cidade.
Segundo Adriano Pinho, presidente da BH Airport, o financiamento do BNDES, de 208 meses, incorporou o “risco Pampulha”, com mudanças “inesperadas” em relação às garantias. Depois de ter reavaliado o projeto e considerado os efeitos da potencial operação de voos comerciais regulares em Pampulha, o banco passou a exigir que as garantias fossem dos acionistas.
Parte do financiamento será destinada a quitar o empréstimo-ponte de R$ 406 milhões concedido pelo banco em 2015.