PUBLICIDADE

BNP Paribas anuncia emissão de US$ 6,2 bi para pagar governo

Banco quer se tornar a 1ª instituição financeira do país a devolver o financiamento estatal concedido na crise

Por Hélio Barboza e da Agência Estado
Atualização:

O banco francês BNP Paribas anunciou o lançamento de € 4,3 bilhões (US$ 6,272 bilhões) em emissão de direitos para recomprar a participação do governo francês, tornando-se o primeiro banco do país a devolver o financiamento estatal concedido no auge da crise financeira. A medida vem num momento de melhora das perspectivas financeiras para os bancos europeus e de um renovado apetite por novas ofertas de ações nos mercados de capital.

 

Veja também:

 

PUBLICIDADE

A transação é o exemplo mais recente de como os bancos europeus estão tentando se livrar da ajuda estatal - e das condições que a acompanham - e provar aos investidores a recuperação de sua saúde financeira. O processo já está bem avançado nos EUA, onde J.P. Morgan Chase, Goldman Sachs e Morgan Stanley, entre outros, já pagaram todo o dinheiro do socorro que receberam.

 

O BNP Paribas informou a previsão de que seus lucros do terceiro trimestre fiquem, de maneira geral, em linha com os do segundo trimestre. Segundo o banco, o plano para reembolsar o Estado deve elevar o lucro por ação em 8,4%. A instituição está oferecendo uma nova ação a € 40 cada, para cada 10 em posse dos investidores, com o período de subscrição aberto de 30 de setembro a 13 de outubro. O BNP Paribas comunicou ainda que pretende reembolsar em 28 de outubro as ações sem direito a voto pertencentes ao governo.

 

Maior banco francês em valor de mercado, o BNP Paribas disse que o dinheiro obtido com a emissão de direitos, combinado á participação do acionista decorrente de seu "scrip dividend" (dividendo com promessa de pagamento futuro), no valor € 750 milhões, e um aumento de capital reservado para os empregados, de € 260 milhões, o ajudarão a reembolsar os mais de € 5 bilhões em dinheiro do governo. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.