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BNP Paribas nega conversas com fundo do Catar

Por RICARDO GOZZI E ÁLVARO CAMPOS
Atualização:

O BNP Paribas, maior banco da França em valor de mercado, não está envolvido em nenhuma espécie de negociação com investidores do Catar sobre uma potencial injeção de capital. Foi o que assegurou hoje o executivo-chefe da instituição, Baudouin Prot, em entrevista à emissora de televisão BFM Business. O BNP também negou que tenha solicitado às autoridades reguladoras de Europa a realização de novos testes de estresse. Mesmo assim, as ações do banco fecharam em queda de 5,70% na Bolsa de Paris."Eu nego formalmente isso. Nós não temos nenhum contato particular (com potenciais investidores), porque não temos a necessidade de ampliar nosso capital", declarou o executivo. Prot observou ainda que é comum o BNP promover roadshows em diversas partes do mundo para expor a situação do banco, mas pouco depois, por meio de nota, a instituição negou que estivesse preparando um giro de executivos pelo Oriente Médio para levantar capital. Ele disse que a possibilidade do governo francês assumir uma participação no banco não é uma "hipótese de trabalho". O banco também divulgou um comunicado para desmentir pontos específicos de uma reportagem publicada pelo Financial Times.Separadamente, uma fonte assegurou que a Qatar Holding, braço de investimento do fundo soberano Qatar Investment Authority, negou que houvesse discussões com o BNP sobre a possibilidade de uma injeção de capital. De acordo com essa fonte, houve contatos com o banco como parte de um relacionamento normal, mas sem nenhuma espécie de indicações de que o Catar investiria na instituição francesa. Os rumores são de que o BNP Paribas estaria em contato com fundos soberanos do Catar e dos Emirados Árabes Unidos para que investissem no banco. Em relação à matéria do FT, o banco afirmou que o texto menciona que instituições privadas em todo o mundo têm reduzido fortemente os empréstimos de curto prazo para os bancos franceses. "Em relação ao BNP, a maioria dos nossos empréstimos de curto prazo e depósitos é em euros, e assim nós não observamos tal movimentação", esclareceu.O BNP também questionou um artigo de Mohamed El-Erian, executivo-chefe da Pacific Investment Management Co. (Pimco), que administra o maior fundo de bônus do mundo, publicado no FT. De acordo com o banco, o artigo "contém incorreções, no que diz respeito ao BNP". No texto, El-Erian alertou para o fato de que os bancos franceses podem levar a Europa para uma completa crise bancária. As informações são da Dow Jones.

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