As empresas fabricantes de aviões devem enfrentar nos próximos anos a chegada de pelo menos um ou dois novos competidores de mercado. A afirmação foi feita hoje pelo vice-presidente de marketing da americana Boeing, Randy Tinseth, em visita ao Brasil, ao ser questionado sobre a recente parceria entre a canadense Bombardier a Commercial Aircraft Corporation of China Ltd (COMAC).
Ele se recusou a comentar diretamente o acordo de cooperação estratégica entre as duas empresas firmado no final de março, mas disse que o setor deve enfrentar uma "concorrência intensa". "Quem será bem sucedido? Não temos como prever. A boa notícia é que esse é um grande mercado", afirmou.
A Boeing estima que o tráfego aéreo mundial crescerá 5,3% ao ano até 2029, acima do desempenho da economia. Segundo projeções da empresa, a frota de aviões no mundo deve ser ampliada em 3,3%, totalizando 36,3 mil aviões, contra cerca de 20 mil hoje. De acordo com Tinseth, aproximadamente 13,5 mil dos aviões atualmente em operação serão substituídos nos próximos 20 anos.