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Boi: mercado firme, com negócios entre R$ 61 e R$ 62 em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

São Paulo, 21 - O mercado de boi gordo segue com preços firmes na maioria das praças de comercialização. A boa demanda e uma oferta retraída vêm dando sustentação aos preços. Ontem, os comentários de mercado davam conta de negócios a R$ 62/arroba em São Paulo, embora a maioria esteja sendo fechado ainda a R$ 61 a prazo para descontar o Funrural. Os frigoríficos já começam a montar suas escalas para o início de novembro e grande parte trabalha hoje com uma programação de sete dias. Maria Gabriela Tonini, da Scot Consultoria, diz que os negócios fechado a R$ 62/arroba ocorreram na região de Araçatuba e envolveram tanto frigoríficos de grande porte como pequenos. Em seu boletim diário, a Scot informa que os preços no Mato Grosso (sudoeste, norte e Barra do Garças) subiram em média R$ 1 para o boi rastreado. "Como os animais de cocho não são tão comuns, as ofertas ficam menores que nas outras regiões". No Mato Grosso, os negócios estão saindo a R$ 60/arroba mas com a oferta curta já existem indicações de R$ 61. Segundo a Scot Consultoria, os frigoríficos de Dourados (MS) que atuam no mercado interno não fazem diferença entre vaca gorda rastreada ou não rastreada, pagando a prazo R$ 53/arroba para descontar. A consultoria diz que a procura no atacado é maior pela carne de vaca, em função dos preços. Ontem, a cotação do traseiro bovino recuou R$ 0,10/kg para R$ 4,40/kg, refletindo um enfraquecimento do consumo nos últimos dias. Em sua análise de mercado, o Cepea observa que os pecuaristas continuam recuados, à espera de novas altas dos preços. "Essa expectativa baseia-se no aquecimento das compras por parte dos frigoríficos, bem como na redução da oferta de gado de pasto - são os últimos animais negociados nesta safra. Outro fator que contribuiu para a retração dos vendedores foi a chuva que atingiu as pastagens e dificultou o transporte." O Cepea atenta para o fato de que neste ano o mercado vem se mostrando bastante atrelado ao fator climático, "já que o volume de chuva tem influenciado muito o comportamento da oferta. Neste início de entressafra, em especial, qualquer alteração na disponibilidade de animais pode refletir com mais facilidade no posicionamento dos frigoríficos, já que estes tiveram as escalas encurtadas".

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