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BOLSA EUA-NY cai por setor financeiro e dúvidas sobre retomada

Por ELLIS MNYANDU
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O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, sofreu sua pior queda desde julho nesta sexta-feira devido às preocupações de que a recuperação econômica não será forte o suficiente para manter o rali dos últimos sete meses, enquanto ações do setor financeiro caíam com mais dúvidas sobre o balanço do Citigroup. Investidores se desfizeram de suas ações em todos os setores nesta sessão, que marcava o fim do ano fiscal para muitos fundos mútuos, o que levou o índice S&P 500 próximo de uma correção. O índice CBOE de volatilidade, referência em Wall Street para medir os temores no mercado, saltou 24 por cento --maior número registrado em um dia desde outubro de 2008-- enquanto o índice Dow teve seu pior dia desde julho deste ano. Analistas afirmaram que havia dúvidas de que a recuperação seria forte o suficiente para justificar a alta nos preços de ações um dia após a divulgação de dados pelo governo norte-americano mostrando que a economia voltou a crescer no terceiro trimestre. "Ainda há algum risco sistêmico ao ambiente", disse Anthony Conroy, operador-chefe do BNY ConvergEx, afiliada do Bank of New York. "Precisa crescimento, precisa um sistema financeiro saudável para ter uma economia saudável. Há dúvidas por aí de como as coisas irão de agora em diante. No momento, o governo está abastecendo o sistema com dinheiro. Isso não vai durar pra sempre". O índice Dow Jones recuou 2,51 por cento, para 9.712 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,50 por cento, para 2.045 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 2,81 por cento, a 1.036 pontos. Os índices S&P 500 e Nasdaq puseram fim a sete meses seguidos de ganhos. Na semana, o índice Dow Jones caiu 2,6 por cento, enquanto S&P 500 e Nasdaq perderam 4 e 5,1 por cento, respectivamente. Já no acumulado de outubro, o índice Dow Jones ficou estável, ao passo que o S&P 500 recuou 2 por cento e o Nasdaq, 3,6 por cento. As ações do Citigroup recuaram 5,1 por cento, para 4,09 dólares, após o analista Robert Willens, consultor independente especializado em contabilidade, afirmar que o banco provavelmente teria uma baixa contábil de 10 bilhões de dólares no quarto trimestre.

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