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Bolsas asiáticas fecham em baixa

O índice Kospi de Seul caiu 6,93% e o Kosdaq baixou 10,15%; Banco do Japão injetou US$ 3,333 bilhões

Por Agências Internacionais
Atualização:

As bolsas asiáticas fecharam o pregão desta quinta-feira, 15, em baixa, ainda sob o efeito da crise do mercado imobiliário americano. O Banco do Japão injetou ¥ 400 bilhões (US$ 3,333 bilhões) no mercado em mais uma tentativa de conter a crise.   Veja também: Os efeitos da crise do setor imobiliário dos EUA Ouça as recomendações de Celso Ming  Em 5 dias, Bolsa caiu mais de 10%; dólar fecha acima de R$ 2 Dólar sobe 2,27% e supera R$ 2 pela 1ª vez em 3 meses Para Mantega, crise é acomodação de mercados  Lula diz que turbulência nos mercados não prejudica o País Após dia volátil, bolsa de NY fecha em baixa    A Bolsa de Valores de Seul fechou o pregão com fortes quedas. O índice Kospi caiu 125,91 (6,93%), para 1.691,98, e o índice de valores tecnológicos Kosdaq baixou 77,85 (10,15%), até 689,07.   O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio caiu no fechamento 327,12 pontos (2,03%), até 16.148,49. O segundo indicador, o Topix, caiu 26,69 (1,70%), para 1.567,46.   A Bolsa de Sidney cedeu 5% antes de se recuperar e fechar em queda de 1,5%. A Bolsa de Manila terminou o pregão cedendo 6,01%.   O Banco do Japão realizou a terceira intervenção em sete dias. A operação de entrada de liquidez no mercado aconteceu às 9h20 (21h20 de quarta-feira, em Brasília), segundo o jornal econômico Nikkei. O banco verificou que as taxas de juros no Japão estavam oscilando entre 0,52 e 0,54%, acima da meta fixada em 0,5%.   A medida conseguiu diminuir os juros até a taxa fixada na política monetária japonesa.   No total, o BOJ injetou no mercado US$ 16,833 bilhões nos últimos sete dias, com o objetivo de dissipar as crescentes dúvidas dos investidores sobre a liquidez dos mercados internacionais, devido à crise hipotecária nos Estados Unidos.   Abertura   As bolsas de valores asiáticas abriram novamente em queda nesta quinta-feira. Na Indonésia, o índice JKSE da Bolsa de Valores de Jacarta liderou a tendência de baixa ao perder 65,28 pontos (3,22%), e caiu na abertura até 1.963,80 unidades.   O segundo índice com maior queda registrada foi o SET da Bolsa de Valores de Bangcoc. A queda foi de 22,24 pontos (2,96%), para 751,68, na abertura do pregão. Já o índice Hang Seng da Bolsa de Valores de Hong Kong caiu 534,49 pontos (2,5%), para 20.841,23. A Bolsa de Valores de Tóquio abriu com uma queda de 2% no índice Nikkei, que alcançava 16.145,73 pontos. E o indicador Topix caía 2,37%, para 1.556,28 pontos.   Em Cingapura, o índice Straits Times abriu em baixa de 57,56 pontos (1,76%), para 3.215,69. O índice KLCI da Bolsa de Valores de Kuala Lumpur registrou uma queda de 12,02 pontos (0,96%), para 1.239,80.   A menor queda foi do índice PSEI da Bolsa de Valores de Manila. Na abertura do pregão, ele caiu 23,93 pontos (0,76%), para 3.106,41.   Entenda a crise   O mercado imobiliário americano tem um segmento que oferece crédito a pessoas sem renda comprovada e que têm um histórico de inadimplência. É o chamado mercado subprime. No ano passado, nos EUA, com o fim da bolha dos imóveis, os preços destes ativos caíram e houve uma desaceleração da oferta de crédito e de imóveis. Além disso, os juros chegaram ao patamar máximo, elevando o valor das prestações. O resultado disso foi a inadimplência.   Estas empresas que ofereciam crédito no mercado subprime empacotavam estes financiamentos e vendiam a outros investidores. Assim, elas recebiam de volta o valor emprestado e os investidores ficariam com o valor da prestação das hipotecas mais os juros. Contudo, o calote das pessoas que tomaram crédito provocou perdas para estes investidores.   Para compensar estas perdas, eles saíram de mercados mais arriscados (ações) e migraram para ativos de risco menor (títulos do governo americano). Além disso, a aversão ao risco aumenta com as incertezas sobre a extensão desta crise - quanto em crédito imobiliário está na mão de investidores, e quem são estes investidores. O resultado aqui é a queda das ações de empresas.   Não há previsões sobre isso. A única coisa que se sabe é que a aversão ao risco deve continuar.

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