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BP gastou até março 45% mais que o previsto com vazamento no Golfo

Custo estimado para conter vazamento é de US$ 139 mi, diante dos US$ 96 mi inicialmente previstos

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os gastos da BP até março deste ano com o poço de Macondo, que foi fechado recentemente após despejar uma ampla quantidade de petróleo no Golfo do México, estavam 45% acima do orçamento original, de acordo com um e-mail interno da companhia.

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Segundo a mensagem, com data de 17 de março, o custo estimado do poço estava em US$ 139,5 milhões até então, valor substancialmente mais alto do que os US$ 96 milhões inicialmente previstos. O poço estava sendo perfurado pela plataforma Deepwater Horizon, que explodiu em 20 de abril matando 11 pessoas e provocando o vazamento de óleo.

O documento foi discutido durante uma audiência de um painel conjunto do Departamento do Interior e da Guarda Costeira dos EUA com David Sims, gerente de operações da BP responsável pela perfuração em águas profundas no Golfo do México.

Sims disse que a BP estava gastando US$ 1 milhão por dia com a perfuração do poço de Macondo, incluindo nesse valor o aluguel da plataforma Deepwater Horizon, que pertencia à Transocean, e os custos com outros serviços terceirizados.

O e-mail foi apresentado às autoridades norte-americanas por um advogado da Transocean, numa tentativa de ressaltar o preço elevado do poço e de sugerir que a BP estava sob pressão para agilizar a perfuração.

A BP negou acusações de que teria tentado poupar gastos e acelerar a perfuração do poço. No entanto, os funcionários envolvidos no processo disseram que se sentiram pressionados a terminar o trabalho.

Uma porta-voz da companhia disse que a segurança das operações de perfuração "era uma prioridade, independentemente do atraso no cronograma ou do quanto o poço de Macondo superou o orçamento". As informações são da Dow Jones.

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