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Braskem lucra R$ 2,9 bilhões em 2015, 299% acima de 2014

Queda do preço do petróleo beneficiou a empresa, assim como outras petroquímicas globais cuja produção depende da nafta

Por André Magnabosco e Karin Sato
Atualização:
Queda do preço do petróleo beneficiou a empresa Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

SÃO PAULO - Beneficiada pelo movimento de queda do petróleo em termos mundiais, a petroquímica Braskem encerrou o ano de 2015 com um lucro líquido de R$ 2,899 bilhões, 299% acima da marca do ano anterior, de R$ 726 milhões. A companhia, assim como outras petroquímicas globais cuja produção depende da nafta, um derivado do petróleo, viu as margens crescerem em 2015 diante da queda do custo de sua principal matéria-prima. Além disso, no mercado doméstico, o dólar menos favorável às importações tornou a Braskem mais competitiva, o que também impulsionou a lucratividade da empresa e contribuiu para compensar a retração da demanda doméstica por resinas, utilizadas na fabricação de peças plásticas.

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O ganho de eficiência nas linhas de produção, os melhores resultados com operações nos Estados Unidos e na Europa e o espaço para aumentar o ritmo das exportações também beneficiaram os números da Braskem em 2015. No mercado doméstico, a política comercial da Braskem consiste em adequar os valores praticados pela empresa aos preços anunciados por seus concorrentes externos, o que em momentos de real desvalorizado é mais favorável aos produtores domésticos, e por isso a companhia também contabilizou melhores margens internas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) básico anual da petroquímica somou R$ 9,167 bilhões, alta de 63% em relação a 2014. O Ebitda ajustado, número que tem sido considerado pelos analistas do mercado, somou R$ 9,372 bilhões, alta de 67% em relação ao ano anterior. A Braskem também informou hoje que, no acumulado de 2015 foi contabilizado um lucro para os acionistas de R$ 3,140 bilhões. Os dividendos propostos referentes ao ano foram estabelecidos em R$ 1 bilhão.

A receita líquida cresceu 3% no ano, para R$ 47,283 bilhões, variação menos expressiva que os demais indicadores justificada pelos preços mais baixos do petróleo, de seus derivados, caso da nafta, e de toda a cadeia petroquímica, incluindo as resinas termoplásticas produzidas pela Braskem. O resultado seria ainda pior não fosse o ganho mais expressivo com as exportações, estas beneficiadas com o real desvalorizado ante o dólar.

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