PUBLICIDADE

Braskem venderá à Johnson & Johnson plástico feito da cana

Polietileno verde será utilizado para fabricar as embalagens do protetor solar Sundown no verão 2010/2011

Por André Magnabosco e da Agência Estado
Atualização:

A Braskem anunciou nesta segunda-feira, 5, um acordo com a Johnson & Johnson (J&J) para a venda do polietileno verde que será produzido pela petroquímica a partir do final de 2010. O produto, desenvolvido com cana-de-açúcar, será utilizado pela marca de protetores solares Sundown.

 

PUBLICIDADE

A Johnson & Johnson, segundo a Braskem, "terá exclusividade no mercado de proteção solar no Brasil e segue avaliando o uso do polietileno verde em outras linhas de produto e em outras regiões do mundo", destacou a petroquímica em nota. Os valores do acordo não foram divulgados.

 

A J&J se tornará a primeira marca de cosméticos do Brasil a iniciar o desenvolvimento de embalagens com polietileno verde. A Braskem também já firmou acordo para a venda do insumo com a japonesa Shiseido, também do ramo de cosméticos, mas que não opera no mercado doméstico.

 

Além das duas empresas, a Braskem oficializou negociações para vender o material ao grupo gaúcho Acinplas, controlador das empresas Suzuki, Koba, Plasa, Voti e Tashiro&Takata, à fabricante de brinquedos Estrela e à Toyota Tsusho, uma trading da companhia Toyota.

 

A previsão da Braskem e da Sundown é de que as primeiras embalagens desenvolvidas com o novo material sejam utilizadas na linha regular de protetores e bloqueadores e na linha de bronzeadores Sundown Gold no verão 2011/2012. "No que diz respeito a embalagens, possuímos diversos projetos de utilização de material reciclado pré e pós-consumo, mas realmente a utilização da resina verde é uma ação inédita da companhia em todo o mundo", afirmou em comunicado o gerente de grupo de Suncare da Johnson & Johnson, Marcelo Scatolini.

 

O polietileno verde será produzido pela Braskem no Rio Grande do Sul. A fábrica, cujos investimentos devem somar R$ 500 milhões, terá capacidade anual de 200 mil toneladas de eteno, que serão transformados em volume equivalente de polietilenos. O lançamento da pedra fundamental da unidade ocorreu em abril passado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.