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BRF afirma não usar ractopamina em carne suína para a Rússia

Por Suzana Inhesta
Atualização:

O vice-presidente de Mercado Externo da BRF, Antonio Augusto de Toni, informou que a companhia não utiliza há mais de um ano o betantagonista e promotor de crescimento ractopamina na carne suína produzida pela empresa e enviada à Rússia. Na sexta-feira, 7, as autoridades sanitárias russas exigiram que o Brasil retirasse a substância das carnes enviadas ao país. Exigiu também que os exames que comprovem a ausência do promotor sejam realizados em laboratórios brasileiros credenciados pela Rússia.De acordo com o vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello Neto, a missão brasileira que está na Rússia teria uma reunião para negociar o período de transição para a adaptação à nova exigência. "O ideal seria de 30 a 60 dias, até porque precisamos ver se os laboratórios brasileiros darão conta de toda a demanda, mas não sei o prazo que o governo brasileiro está pedindo para a Rússia", disse, explicando que os exames nos produtos da BRF são realizados em laboratórios próprios.O executivo informou que na reunião também seria discutida a questão da retomada do embargo russo por conta das últimas notícias sobre vaca louca no Brasil. A Rússia absorve 35% das exportações totais da BRF.Sobre a decisão de países como Japão, Irã e Rússia (estes dois não confirmados oficialmente) de suspender as importações de carne bovina brasileira, Mello disse que esses mercados estão se aproveitando da situação para criar melhores condições comerciais com o Brasil. "Não há vaca louca no País. O que ocorreu foi a mutação genética do agente priônico que causa o mal. Do Japão eu já esperava essa decisão, porque eles são extremamente conservadores e agiram como sempre agem", disse Mello. O vice-presidente observou, no entanto, que o fato não deve atrapalhar as negociações com o mercado japonês sobre carne suína. "Estamos avançados nas negociações e nossa credibilidade em suínos está forte com o país", falou.

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