A captação de US$ 250 milhões anunciada na quarta-feira pela BRF Brasil Foods funcionou como um artifício de alongamento de dívida para até cinco anos, informou o vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa, Wilson Newton de Mello Neto, que participou nesta quinta-feira de seminário na Rio+20.O executivo nega que o lançamento de bônus tenha qualquer relação com dificuldades financeiras sofridas pela empresa decorrentes da crise internacional, que afeta as vendas da empresa.Mello Neto afirmou que o título de Investment Grade da BRF Foods facilita a captação, com melhores custos e prazos de pagamento. Ele admitiu, no entanto, que o mercado consumidor brasileiro já não é capaz de compensar completamente as perdas no comércio externo. Ainda assim, não há previsão de adiamento ou cancelamento de investimentos em máquinas ou novas unidades.