British Airways tem prejuízo pior que esperado no 1o semestre

A British Airways apresentou um prejuízo pior que o esperado no primeiro semestre e projetou que a receita anual vai cair em 1 bilhão de libras em relação à obtida no ano passado. Mas analistas afirmaram que o pior pode ter passado pois a aérea sinalizou estabilização de seus negócios. A British Airways, cuja parceria com a American Airlines e a espanhola Iberia está sendo avaliada por organismos de fiscalização da Europa e dos Estados Unidos, anunciou nesta sexta-feira prejuízo antes de impostos de 292 milhões de libras (482,4 milhões de dólares) nos seis meses até setembro, enquanto as receitas caíram 13,7 por cento, para 4,1 bilhões de libras. O resultado --impactado por níveis de dívidas maiores, menores taxas de juro e custos de reestruturação de 48 milhões de libras-- contrasta um lucro antes de impostos de 52 milhões de libras no mesmo período um ano antes. Pesquisa da Reuters com seis analistas estimou prejuízo entre 235 milhões e 255 milhões de libras. A companhia aérea informou que buscará reduzir mais despesas nos próximos meses. "Nossas receitas estão propensas a ser em torno de 1 bilhão de libras menores neste ano, então estamos determinados a reduzir os custos ainda mais", disse o presidente-executivo, Willie Walsh, a repórteres. A recessão global afetou as companhias áereas, conforme os consumidores cortaram viagens para o exterior e passegeiros da lucrativa classe executiva voaram menos. A British Airways também foi prejudicada por crescente competitividade imposto por companhias aéreas de baixo custo e potenciais greves de trabalhadores. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) recentemente informou que ainda prevê que as companhias áereas tenham prejuízo de 11 bilhões de dólares neste ano. Às 10h13 (horário de Brasília), as ações da British Airways disparavam 6,3 por cento.