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Origin investirá até R$ 500 milhões para crescer em insumos no País

Dono da Fortgreen, de fertilizantes especiais e adjuvantes, prevê construir fábrica no Centro-Oeste e quatro centros de distribuição

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Foto do author Sandy Oliveira
Por Leticia Pakulski , Isadora Duarte (Broadcast), Sandy Oliveira e Clarice Couto
Atualização:

O grupo irlandês de insumos e serviços agrícolas Origin quer investir até R$ 500 milhões em cinco anos para crescer no Brasil. Dono da Fortgreen, de fertilizantes especiais e adjuvantes, prevê construir fábrica no Centro-Oeste e quatro centros de distribuição – hoje tem dois, que atendem às plantas de Paiçandu (PR) e Varginha (MG) – e estuda mais aquisições. “A velocidade de retorno do investimento no Brasil é mais rápida do que na Europa”, diz Leonardo Pereira, chefe de Desenvolvimento de Negócios e Inovação para América Latina. Com os aportes, o Origin espera passar de um faturamento no País de R$ 268,4 milhões no ano fiscal 2020/21 para R$ 700 milhões em 2027/28. Para isso, busca aumentar vendas em cana, citros e florestas.

Cana-de-açúcar: o aumento de vendas para esta cultura estános planos do grupo Origin, além de citros e florestas Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Equipes devem crescer mais de 60%

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Com os investimentos em fábrica e centros de distribuição e aumento previsto de mais de 60% na equipe técnica e comercial até 2027/28, a empresa espera ampliar a rede de distribuidores. Hoje, ela é composta de 450 revendas e cooperativas.

Aumentar portfólio está nos planos

O grupo tem 15 produtos previstos para chegar ao mercado até 2027/28. Nos últimos cinco anos, lançou 20. “Precisamos investir em gente, distribuição e operação. Temos que aumentar a exploração da tecnologia para depois lançar mais produtos”, diz Pereira. Hoje, 90% da receita vem de grãos, café, algodão e hortifrúti

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A forte demanda por financiamento de silos levou a Kepler Weber, líder do segmento, a criar uma linha de crédito própria, que será apresentada nesta semana na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Os recursos virão de um fundo de investimento (FIDC) com aportes da empresa e de outros investidores. Pela primeira série do FIDC, serão cerca de R$ 120 milhões. “Novas séries poderão ser lançadas conforme a demanda”, diz Paulo Polezi, o CFO.

 CUSTO/BENEFÍCIO.

Produtores poderão financiar 100% do projeto de armazenagem em até dez anos com taxas de juros pré ou pós-fixadas em torno de CDI (semelhante à Selic, hoje de 11,75% ao ano) mais 4,5 a 5%. Pelo Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) do governo, o custo era de até 7% ao ano. Mas os R$ 4,12 bilhões desta linha, ofertados para a safra atual, se esgotaram já no ano passado.

EM ALTA.

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A N.Ovo, startup de alimentos à base de proteínas vegetais do Grupo Mantiqueira – o maior produtor de ovos do País –, viu as vendas crescerem 458% em quantidade e 345% em faturamento no primeiro trimestre ante igual período de 2021. Amanda Pinto, fundadora da foodtech, prevê alta de 900% em receita este ano, puxada pela ampliação do portfólio, que tem como principal produto o “ovo vegano”.

NÃO PARA POR AÍ.

Há dois anos no mercado, a N.Ovo quer se consolidar como referência global em plant based até 2025. Entre os planos, prevê iniciar a exportação em dois anos. Além disso, a matéria-prima, que em sua maioria é importada, deve começar a ser plantada em solo brasileiro. “Buscamos fontes de proteína que não sejam provenientes de monoculturas como soja e milho”, diz.

PEDE BIS.

Exportadores brasileiros de frutas esperam repetir neste ano o desempenho recorde do ano passado, quando as vendas externas geraram US$ 1 bilhão. “Se alcançarmos este resultado, diante de todos os desafios deste ano, será positivo”, diz Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). A receita estável apurada no primeiro trimestre do ano corrobora a perspectiva.

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VENTO CONTRÁRIO.

Fatores como queda do dólar, entraves no transporte marítimo e alto custo de produção freiam o aumento das exportações de frutas. Por outro lado, a demanda continua aquecida. “A maior preocupação é a logística”, diz Coelho

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