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Cade aprova sem restrições compra da brasileira Mãe Terra por Unilever

Objetivo é que a Mãe Terra se torne um braço da Unilever, mas que mantenha sua gestão independente, disse o presidente da multinacional; valor do negócio não foi divulgado

Foto do author Fernando Scheller
Por Fernando Scheller
Atualização:

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra da empresa brasileira de produtos alimentícios orgânicos Mãe Terra pela multinacional Unilever, de acordo com despacho publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.

A Superintendência-Geral do Cade avaliou que a operação, cujo valor não foi divulgado, “é incapaz de acarretar prejuízos concorrenciais no território brasileiro”.

Brasileira será usada como a plataforma da multinacional para crescer no segmento de produtos saudáveis Foto: Reprodução Facebook Mãe Terra

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A companhia, que tem sede em Osasco (SP), será usada como a plataforma da multinacional anglo-holandesa para crescer no segmento de produtos saudáveis. 

A Mãe Terra, fundada em 1979, havia sido assumida há dez anos pelo empresário Alexandre Borges (ex-sócio da Flores Online e da agência de comunicação Significa). Neste período, a companhia ampliou seu portfólio, que hoje inclui 120 produtos, e ampliou sua distribuição, que atinge todo o Brasil.

A ideia da Unilever, segundo o presidente da companhia no Brasil, Fernando Fernandez, é manter Borges no cargo de diretor-geral da Mãe Terra, ainda que a multinacional tenha comprado 100% do negócio. Além de Borges, a Mãe Terra ainda tinha o BR Opportunities como sócio - o fundo também deixa de ter participação na empresa.

O objetivo é que a Mãe Terra se torne um braço da Unilever, mas que mantenha sua gestão independente, como ocorre com outros rótulos dentro do portfólio global da Unilever, como a americana Ben & Jerry’s, de sorvetes. “Temos aumentado nossas aquisições de marcas nesse último ano. Vemos a Unilever como um grande transatlântico, que é ajudado por várias lanchas de alta velocidade”, disse Fernandez./COM INFORMAÇÕES REUTERS

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