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Camarão/EUA: importadores oferecem US$ 100 mi para encerrar disputa

Por Agencia Estado
Atualização:

São Paulo, 23 - Um grupo de 31 importadores de camarão dos Estados Unidos estão oferecendo até US$ 100 milhões para os produtores do Sul do país se eles desistirem da briga pela tarifa sobre o produto importado de seis nações da Ásia e América do Sul. A proposta do grupo é pagar uma taxa de 3 a 5 cents para cada libra-peso de camarão importado e distribuir entre os produtores norte-americanos. Isso, segundo eles, geraria uma renda entre US$ 60 e US$ 100 milhões. Se a proposta for aceita pelos produtores, importadores e exportadores do país, o próximo passo seria a aprovação do Departamento de Comércio dos EUA. Segundo Rick Martin, diretor executivo da Red Chamber Co., da Califórnia, empresa que apóia a proposta, considera que o apoio financeiro ajudaria os produtores a desenvolver projetos para o mercado norte-americano. Para os importadores, a proposta do grupo é uma maneira dos produtores obterem dinheiro no curto prazo, ao invés de esperar pela decisão do governo norte-americano sobre as tarifas. Segundo Martin, este é o setor mais vulnerável e, diferente dos importadores e processadores, "não será fácil para os produtores se ajustar às novas condições do mercado". Segundo a porta-voz do Aliança de Camarões do Sul Deborah Long, "o grupo está aberto a novas propostas, mas mantém o argumento de que as tarifas irão favorecer os produtores locais". Até o momento, o único grupo de produtores que se mostrou favorável à proposta dos importadores é Associação de Camarões da Louisiana, que faz oposição à Aliança do Sul. A taxa de importação sobre o produto importado é resultado de ação antidumping iniciada em 31 de dezembro de 2003 pelos pescadores da Aliança de Camarões do Sul dos Estados Unidos contra os seis maiores fornecedores do crustáceo para o mercado americano: Brasil, China, Índia, Tailândia, Vietnã e Equador. No dia 30, a decisão deverá ser publicada oficialmente pelo governo americano. Esses países fornecem 75% do volume importado pelos Estados Unidos. As informações são da Dow Jones.

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