Os problemas envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, marcam o primeiro teste político para a presidente Dilma Rousseff, avalia o Financial Times. O jornal britânico trata nesta quarta-feira, 25, das alegações de aumento de patrimônio de Palocci durante seu mandato como deputado federal. Para a publicação, é como se a história estivesse se repetindo, já que o ex-ministro da Fazenda deixou o cargo envolvido em escândalo há cinco anos.
O FT questiona a habilidade política de Dilma para lidar com a situação, ao caracterizá-la como uma presidente "tecnocrata que prefere afastar-se da publicidade, deixando a desordenada tarefa de administrar sua coalizão para outros".
A polêmica chega num momento inoportuno, avalia o jornal. A presidente teve pneumonia e, no campo político, está tendo de lidar com a alta da inflação, atrasos nos projetos de infraestrutura para a Copa de 2014 e uma batalha sobre o controverso Código Florestal no Congresso.
"A perda de Palocci também pode vir num momento em que dúvidas ressurgiram sobre a saúde de Rousseff", diz o FT.
Para o jornal, entretanto, é até surpreende que a lua de mel da presidente tenha durado tanto tempo, desde quando assumiu o cargo em janeiro, "num país onde os escândalos são parte do panorama político.