28 de outubro de 2010 | 15h29
O presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou nesta quinta-feira, 28, que o cenário atual é muito positivo para trabalhar a plena capacidade nos próximos 12 meses. "O racional para os investimentos de US$ 24 bilhões que anunciamos hoje é que o mercado continua bom, a companhia está concluindo projetos e vamos partir direto para a expansão, dada a escassez de mão de obra em todo o mundo", disse o executivo, em São Paulo. O plano de investimentos anunciado nesta quinta é o maior da área de mineração, segundo Agnelli. O executivo destacou que mais da metade dos recursos irá para mineração e logística.
Conforme Agnelli, o risco para o negócio da Vale hoje é a questão cambial, "não só no Brasil, mas nos grandes países produtores de commodities". "O câmbio faz o custo dos projetos aumentar", disse. Segundo ele, é preciso buscar um equilíbrio entre os impactos do dólar no preço e nos custos das commodities.
O presidente da Vale ressaltou que a companhia está operando no limite da capacidade de produção no mundo todo e que a mineradora investiu, nos últimos quatro anos, também em ativos que ainda não começaram a gerar receita. "A nova empresa que estamos construindo é quase do tamanho da que opera hoje", afirmou. Agnelli voltou a dizer que "nenhuma outra empresa no mundo tem capacidade de crescer tanto quanto a Vale". "A maioria dos projetos que vamos terminar em 12 ou até 18 meses é de greenfield, começados do zero. As expansões futuras são mais baratas", acrescentou.
Energia renovável
Segundo Agnelli, a Vale tem condições de gerar escala para projetos rentáveis de energia renovável. O executivo destacou que a empresa quer estimular a produção familiar de matérias-primas, como o dendê, voltadas para biocombustíveis. "Todos os projetos que estamos estimulando vão dar lucro", acrescentou. Segundo ele, estão plantados 30 mil hectares de dendê e, no ano que vem, a empresa começará a utilizar o biodiesel produzidos nessas áreas.
Agnelli destacou que, além dos projetos sociais em que investe, a Vale é uma grande pagadora de impostos. Ele afirmou que a Vale tem o apoio do governo federal em alguns dos investimentos que faz em infraestrutura. Conforme o executivo, as regiões em que a companhia está presente "crescem junto com a Vale".
Ainda na questão ambiental, citou parcerias da Vale, como a fechada com a Suzano para unidade de celulose que será implantada no Maranhão. Esse acordo compreende o fornecimento de madeira de reflorestamento pela Vale, a venda de ativos florestais, o transporte ferroviário da celulose produzida pela nova fábrica da Suzano, a ser implantada no Maranhão, e convênio de tecnologia florestal.
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