21 de junho de 2022 | 19h42
O executivo-chefe da petroleira Chevron, Michael K. Wirth, enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, publicada no site da companhia. Na mensagem datada desta terça-feira, 21, ele afirma que líderes do setor petroleiro, acadêmicos e muitos formuladores têm ressaltado que "não há respostas fáceis nem qualquer resposta de curto prazo para os desequilíbrios na oferta e na demanda global, agravados pela invasão da Rússia na Ucrânia".
O executivo ainda pediu "disposição para trabalhar juntos, não retórica política" para resolver o quadro.
Em 2021, a Chevron produziu o maior volume de petróleo e gás em seus 143 anos de história, ressaltou o CEO.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem pressionado petroleiras no país para aumentar a oferta, a fim de ajudar a conter os preços do setor.
Wirth destaca o investimento de US$ 10 bilhões da companhia para reduzir suas emissões de gases estufa e ganhar escala em tecnologias mais avançadas no setor de energia e diz que os EUA serão líderes nessa frente.
O executivo ainda ressalta a Biden que a Chevron "compartilha suas preocupações sobre os preços mais altos" e diz que a empresa "faz a sua parte" para lidar com esses "desafios", como aumentar seus gastos de capital a US$ 18 bilhões em 2022 mais de 50% a mais que no ano anterior.
Wirth diz concordar com o pedido de Biden para que o setor aumente a oferta, diante "desta crise de energia", provocada em parte pela "situação geopolítica" com a guerra na Ucrânia. E pediu "clareza e consistência em questões de política", entre elas acordos de leasing e autorizações para exploração em terras federais.
A mensagem do executivo é mais um capítulo no quadro global de avanço forte dos preços de energia e pressão sobre o setor para conter esse movimento.
No Brasil, a alta recente nos preços do diesel e da gasolina elevou a pressão sobre a Petrobras por parte do governo do presidente Jair Bolsonaro e também do Legislativo.
Na Europa, o tema também tem sido tratado em declarações constantes de autoridades, diante também do risco de corte no fornecimento da Rússia, diante da guerra na Ucrânia e das sanções subsequentes contra Moscou.
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