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‘Momento é de fazer o básico’, diz fundador do QuintoAndar

Executivo diz que não vai mais buscar crescimento a ‘300 km por hora’ e que o momento é de corte de gastos, inclusive em marketing

Por Andre Jankavski
Atualização:

Uma das queridinhas do mercado de startups brasileiro, o “unicórnio” (apelido dado a empresas do setor com valor acima de US$ 1 bilhão) QuintoAndar passou por ajustes nos últimos meses, após um período contínuo de crescimento e investimento nos anos anteriores. Após realizar demissões, a companhia vai diminuir o ritmo, diz seu CEO, Gabriel Braga. “É melhor fazer o básico”, admite.

Como você define o atual momento das startups no País?

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Está muito diferente. As mudanças estruturais da economia têm um efeito grande na indústria de venture capital. Antes, o mercado se resumia em abundância de capital, com recorde de aportes. 

O QuintoAndar fez demissões, mas o que muda na empresa?

A música mudou. Não vou continuar a 300 km/h, como estava antes, se agora estou em uma estrada esburacada e em que posso bater o carro. Agora, você reduz marketing e velocidade para abrir novas frentes. É fazer melhor o básico. 

Momento é de preservar capital, afirma Braga, CEO do QuintoAndar Foto: QuintoAndar

O foco será menor em novos produtos?

Vamos continuar apostando, mas uma coisa é você plantar tudo numa fazenda de uma vez. Agora, vou colocar em um canteiro e, se der resultado, parto para o resto da fazenda. O redimensionamento dos colaboradores tem a ver com isso.

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O mercado de startups vai mudar?

Vai forçar todo mundo a ser mais criativo. Os negócios têm de se sustentar, e agora temos um incentivo para inovar sem gastar tanto. Antes, na pressa, você pensava que precisava de 120 pessoas para fazer algo. E agora enxerga que pode fazer com 30.

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