‘Momento é de fazer o básico’, diz fundador do QuintoAndar
Executivo diz que não vai mais buscar crescimento a ‘300 km por hora’ e que o momento é de corte de gastos, inclusive em marketing
Entrevista com
Gabriel Braga, CEO do QuintoAnda
Entrevista com
Gabriel Braga, CEO do QuintoAnda
21 de maio de 2022 | 14h00
Uma das queridinhas do mercado de startups brasileiro, o “unicórnio” (apelido dado a empresas do setor com valor acima de US$ 1 bilhão) QuintoAndar passou por ajustes nos últimos meses, após um período contínuo de crescimento e investimento nos anos anteriores. Após realizar demissões, a companhia vai diminuir o ritmo, diz seu CEO, Gabriel Braga. “É melhor fazer o básico”, admite.
Está muito diferente. As mudanças estruturais da economia têm um efeito grande na indústria de venture capital. Antes, o mercado se resumia em abundância de capital, com recorde de aportes.
A música mudou. Não vou continuar a 300 km/h, como estava antes, se agora estou em uma estrada esburacada e em que posso bater o carro. Agora, você reduz marketing e velocidade para abrir novas frentes. É fazer melhor o básico.
Vamos continuar apostando, mas uma coisa é você plantar tudo numa fazenda de uma vez. Agora, vou colocar em um canteiro e, se der resultado, parto para o resto da fazenda. O redimensionamento dos colaboradores tem a ver com isso.
Vai forçar todo mundo a ser mais criativo. Os negócios têm de se sustentar, e agora temos um incentivo para inovar sem gastar tanto. Antes, na pressa, você pensava que precisava de 120 pessoas para fazer algo. E agora enxerga que pode fazer com 30.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.