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China lamenta que UE não reconheça país como economia de mercado

Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, disse que há dez anos o país trabalha pelo reconhecimento e pelo fim do embargo à exportação de armas  

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

BRUXELAS - O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, lamentou hoje, durante a cúpula anual China - União Europeia, que o bloco não tenha reconhecido seu país como uma economia de mercado e também não tenha encerrado um embargo à exportação de armas para os chineses. Essa é a última vez que Wen participa da cúpula, já que deve ser substituído em breve. Falando na abertura oficial do encontro, o premiê chinês disse que "temos trabalho duro há dez anos para resolver a questão do reconhecimento da China como uma economia de mercado e o fim do embargo à exportação de armas, mas a resposta tem sido evasiva". "Eu lamento profundamente isso. Eu espero e acredito que a UE vai aproveitar a oportunidade e adotar uma iniciativa maior em um estágio inicial", acrescentou. O fato da China não ser reconhecida como uma economia de mercado significa que a UE pode estabelecer algumas barreiras comerciais por concorrência desleal ("dumping"). Já o embargo europeu à exportação de armas à China foi imposto em 1989, após a violenta repressão aos protestos na Praça da Paz Celestial. Mesmo assim, Wen disse que a China continua sendo uma "grande incentivadora" da integração na Europa. Sob seu mandato, os laços dos chineses com os europeus se fortaleceram. Nos últimos dez anos, o comércio entre os dois lados quadruplicou e agora a UE é a maior parceria comercial da China. As informações são da Dow Jones.

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