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Christine Lagarde é eleita a nova diretora-gerente do FMI

Ela será a primeira mulher no cargo, mas representará o 11º europeu a ocupá-lo consecutivamente

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

A comissão executiva do Fundo Monetário Internacional nomeou oficialmente Christine Lagarde como próxima diretora-gerente do FMI, nesta terça-feira, 28, depois que a ministra de Finanças da França obteve o apoio dos EUA e de várias grandes nações emergentes. Ela será a primeira mulher no cargo, mas representará o 11º europeu a ocupá-lo consecutivamente. Lagarde foi apontada para um mandato de cinco anos que começa no próximo dia 5 de julho.

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No posto, ela terá um papel crítico nas negociações de financiamento para os pacotes de ajuda na Europa durante a atual crise da dívida soberana, um problema que ameaça colocar em risco a frágil recuperação global.

A nomeação encerra um processo seletivo de cinco semanas para substituir Dominique Strauss-Kahn, que renunciou no mês passado após ser indiciado sob acusações de ataque sexual. O apoio declarado pelos EUA horas antes da nomeação garantiu que o FMI preservasse a tradição de sete décadas, de um europeu liderando o Fundo, enquanto o Banco Mundial fica a cargo de um norte-americano.

O suporte também da Europa, China, Brasil e Rússia deu uma clara maioria dos 24 países com assento na comissão para a escolha de Lagarde. Seu rival, o mexicano Agustin Carstens, nunca conseguiu garantir o mesmo apoio amplo de economias desenvolvidas ou emergentes. Ele recebeu apoio público de apenas três países da comissão. Dada a massa de votos, a comissão deixou de lado o voto formal e optou por nomear o próximo dirigente do FMI por consenso. As informações são da Dow Jones.

(Texto atualizado às 15h04)

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