O ex-ministro da Integração Nacional do primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), Ciro Gomes (PROS), começará a trabalhar na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a partir de fevereiro, em São Paulo. A informação foi confirmada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Brasil, pela assessoria do político. O cargo ainda não foi divulgado.
O convite para Gomes trabalhar na empresa foi adiantado pelo Broadcast no fim de novembro de 2014. Na época, nem o ex-ministro nem a CSN se pronunciaram sobre o assunto, apesar de o político ter admitido em entrevista à imprensa, naquele mês, que estava analisando duas propostas da iniciativa privada fora do Ceará, Estado onde mora, sem dizer quais eram.
Procurada após a confirmação por parte da assessoria do ex-ministro, a CSN não se pronunciou sobre o assunto.
Relação antiga. Formado em Direito e com passagem pelo comando do Ministério da Fazenda durante o governo Itamar Franco, Ciro tem uma relação antiga com o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch. Na campanha eleitoral de 2002, em que foi candidato a presidente pelo PPS, por exemplo, ele usou um jatinho de uma das empresas do Grupo Vicunha, de Steinbruch.
Na época, sua assessoria afirmou que a campanha tinha contrato com a empresa do presidente da CSN para uso do avião em que Ciro viajava pelo País e que os custos dos voos estavam descritos na prestação de contas da campanha. Já no pleito 2006, quando foi eleito deputado federal pelo Ceará, a CSN doou R$ 500 mil à campanha de Gomes.
Política. Com a ida para a iniciativa privada, Ciro deve se afastar um pouco da política nacional e do Ceará, onde ele e o irmão, o atual ministro da Educação e ex-governador do Estado, Cid Gomes (PROS), são lideranças de destaque. O afastamento da política também dá uma esfriada nos rumores que circulam no bastidores de que Ciro pretendia disputar a Presidência da República em 2018.