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Cobertura de Madoff é colocada à venda em Nova York

Duplex de US$ 17,2 milhões tem terraço com vista panorâmica para o Central Park 

Por Efe
Atualização:

Madoff ficou mundialmente conhecido pela criação de um esquema de pirâmide que resultou em perdas de US$ 65 bilhões para milhares de investidores. Ele viveu no local durante 24 anos e só saiu em 2008, data de sua prisão. Atualmente, cumpre pena de 150 anos de reclusão em um presídio federal na Carolina do Norte. O duplex tem três quartos, três banheiros e uma biblioteca. As grandes janelas chamam a atenção, mas o principal destaque é o enorme terraço com vista panorâmica para o Central Park.

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O atual proprietário, o magnata do entretenimento infantil Alfred Kahn, adquiriu a cobertura em 2010 por US$ 8 milhões - um montante que foi direcionado para o fundo que indeniza as vítimas de Madoff.

"Já tenho vários interessados e mais de vinte visitas agendadas para essa semana", afirma a corretora responsável pela venda do apartamento, Dolly Lenz. De origem espanhola, ela é conhecida nos Estados Unidos como a "rainha dos imóveis" por já ter movimentado mais de US$ 7 bilhões no setor ao longo de sua carreira.

A motivação da venda, segundo Dolly, é a separação de Kahn e sua esposa. Na época da mudança para o luxuoso apartamento, o casal chegou a declarar à imprensa que estava preocupado com o carma do local. O imóvel foi, então, totalmente reformado pelos novos moradores. As paredes cor de salmão, os grandes lustres e as estampas que marcaram a era Madoff foram modificados, afirma Dolly. "Agora, parece outro apartamento. Antes as cortinas eram muito grossas, os ambientes eram escuros, tudo muito denso e deprimente."

O esquema de pirâmide, que começou nos anos 1990, obtinha rentabilidade a partir dos aportes de novos investidores - e não de lucros reais. A fraude veio à tona quando, no auge da crise financeira, investidores tentaram sacar cerca de US$ 7 bilhões, o que Madoff não tinha como bancar.

No início do ano, em entrevista ao jornal New York Times, ele disse que os bancos e os fundos de investimento sabiam da fraude. 

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