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Com agroneg?cio em recupera??o, Dow aposta em milho

Por ROBERTO SAMORA
Atualização:

Com a aquisi??o da sexta empresa do setor de sementes de milho no Brasil em um per?odo de nove anos, a norte-americana Dow AgroSciences assumiu a terceira posi??o no mercado brasileiro desse produto, refor?ando a sua aposta na cultura do cereal no pa?s, em meio ? recupera??o do agroneg?cio nacional ap?s um per?odo de crise. A Dow anunciou nesta ter?a-feira a compra da unidade de sementes de milho da brasileira Agromen. Os valores envolvidos na negocia??o n?o foram divulgados [ID:nN31422055]. "O setor est? muito aquecido, o mercado de milho est? com pre?o relativamente bom, a demanda ? solida, esperamos continuar com um volume um pouco superior para esta safra (2007/08)", afirmou o diretor da AgroSciences Jos? Manuel Arana, que agora presidir? a Agromen Tecnologia. Arana afirmou ainda que as vendas de sementes de milho, que respondem por 90 por cento da produ??o comercializada por esse setor da companhia, devem crescer de 1 a 3 por cento na pr?xima safra de ver?o. "N?o deve ser muito grande porque o per?odo anterior j? cresceu 5 por cento", afirmou ele, acrescentando que a Dow det?m agora cerca de 20 por cento do mercado de sementes de milho no Brasil. A companhia trabalha com um crescimento de ?rea de milho na safra de ver?o de 3 a 4 por cento em rela??o ao ano passado, com a segunda safra (safrinha do ano que vem) tamb?m tendo "um crescimento s?lido, como foi o deste ano". Assim ele avalia que a produ??o de milho do pa?s em 2007/08 poderia atingir at? 53 milh?es de toneladas, o que representaria um crescimento de cerca de 6 por cento ante 2006/07. Ele avaliou que, no longo prazo, o Brasil dever? ser um grande exportador de milho. "Mas no curto prazo depende muito da ind?stria de frango", disse, referindo-se ao setor brasileiro que lidera as exporta??es mundiais desse tipo de carne e tamb?m o consumo interno de milho. "Acreditamos no Brasil como pa?s importante para a cultura de milho no mundo, a magnitude do crescimento futuro do mercado ? muito promissora, a Dow AgroSciences continua apostando no Brasil." RECUPERA??O A Dow, que comercializa tamb?m no pa?s defensivos para cana-de-a??car, soja, milho, hortifrutigranjeiros e pastagens, ocupando a quinta posi??o no ranking desse setor, informou que se recupera bem das crises registradas nas safras 2004 e 2005. Segundo o diretor, o mercado est? crescendo principalmente por causa da demanda da soja, cana, milho. Ele disse ainda que o mercado de defensivos cresceu no semestre cerca de 20 por cento, e que as vendas da Dow subiram acima desse patamar, ante o mesmo per?odo de 2006. "Tivemos um 2004, um 2005, muito preto, tivemos um 2006 cinza, e estamos tendo um 2007 verde. Realmente a ind?stria de sementes e defensivos sofreu um baque dur?ssimo, ocasionado por grandes perdas e pela inadimpl?ncia, e agora tem uma recupera??o." De acordo com Arana, a empresa ainda sente efeitos negativos das d?vidas contra?das pelos agricultores em 2004 e 2005, mas essa situa??o est? sendo contornada. "Ainda sofremos com um lastro que ainda estamos carrengando das d?vidas, acho que deve ser uma das menores do mercado, pela disciplina financeira da Dow, mas ainda temos algumas negocia??es."

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