30 de maio de 2009 | 11h38
O acordo selado após seis horas de negociações no gabinete da chanceler Angela Merkel ainda precisa de aprovação final, mas parece ter imunizado a Opel e seus 50 mil funcionários na Europa de um pedido de falência da General Motors, esperado para segunda-feira.
Merkel afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama --que deve visitar a Alemanha na próxima semana--, ajudou a desenhar o acordo com um telefonema na sexta-feira. Isso ajudou a tirar as barreiras sobre o financiamento, que ameaçavam arruinar toda a transação.
"Eu falei por telefone com o presidente norte-americano ontem e acertamos que tínhamos de fazer tudo o que fosse possível para obtermos um bom resultado para esta complicada tarefa", afirmou Merkel a repórteres. "Essa conversa claramente influenciou as negociações na noite passada."
Oliver Burkhard, líder do sindicato de metalúrgicos IG Metall, no Estado da Renânia do Norte-Westfália, afirmou que uma salvação era palpável.
"Agora podemos olhar para a frente", afirmou. "Agora o verdadeiro trabalho começa. A única coisa certa é que a Opel continuará."
Como a matriz GM, a Opel sofreu muito com a recessão global. Seu destino foi seguido de perto pela Alemanha, onde a indústria automobilística permanece como um potente símbolo da recuperação pós-guerra e da economia exportadora da nação.
Merkel tem pela frente uma eleição em setembro e tenta evitar grandes cortes de empregos.
O ministro das Finanças, Peer Steinbrueck, deixou a reunião para dizer a jornalistas que um acordo havia sido firmado e que incluía financiamentos para a Opel no valor de 1,5 bilhão de euros (2,1 bilhões de dólares) e um modelo curador para a montadora alemã.
A Magna planeja usar a Opel para ingressar na Rússia, mercado automotivo que mais crescia na Europa antes da crise.
O banco estatal russo Sberbank, que está ajudando a financiar o acordo e deve ficar com uma fatia de 35 por cento da Opel, classificou o negócio como uma forma de reestruturar a indústria automotiva russa.
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