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Com alta do dólar, TAM pode mexer em preços ou rotas

Por Guilherme Waltenberg
Atualização:

O diretor de vendas da TAM, Klaus Kühnast, afirmou nesta terça-feira, 20, que caso o real mantenha o atual patamar com relação ao dólar ou continue subindo, a empresa será obrigada a tomar atitudes para reduzir custos, como mudança nas rotas ou repasse de custos ao consumidor. "Neste momento não há nova estratégia de cortar rotas e voos, mas com certeza se o dólar continuar neste patamar ou subir algum impacto poderá ter no futuro. Impacta a empresa e teremos que tomar uma ação ou no preço ou nas rotas", afirmou. Na segunda-feira, 19, o dólar no balcão fechou a R$ 2,4140.Sobre as projeções de alguns analistas de que o dólar pode fechar o ano cotado a R$ 2,80, Kühnast disse que essa taxa, caso seja concretizada, "faria a empresa olhar a estratégia novamente". "O dólar e o combustível são os fatores variáveis mais complicadores das companhias aéreas. Até o combustível é em dólar. Mais de 50% dos custos são em dólares. O impacto é grande. Cada centavo que aumenta o dólar a gente fica mais preocupado", disse, ressaltando o trabalho que as aéreas estão fazendo junto ao governo federal para reduzir seus custos.Indagado se há um plano B caso o governo não atenda aos pleitos das companhias aéreas por uma nova fórmula de cálculo do preço da querosene e outras medidas operacionais, Klaus negou. "Não há pano B. O que existe é focar o tempo todo nos custos, que é o que as aéreas e a Latam estão fazendo", disse, ressaltando que a TAM reduziu em 12% a oferta no mercado doméstico desde 2011.Sobre o programa de demissão voluntária da empresa, que se encerra nesta quarta-feira, 21, o executivo disse que ainda não tem os números de quantos aderiram ao processo. A ideia da empresa é demitir 811 funcionários.As declarações foram dadas em coletiva de imprensa realizada pela companhia em parceria com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), quando foi anunciado o início do programa Discover Brasil 2013, que prevê a apresentação de destinos turístico de dez Estados brasileiros para operadores de turismo vindos do exterior.

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