Com falta de chips, fabricantes de veículos investem em bateria própria

Além da escassez de semicondutores, fornecimento de baterias também está restrito a poucos fabricantes independentes, muitos deles de pequeno porte e instalados na Ásia

Publicidade

PUBLICIDADE

1 min de leitura

Quase todas as grandes fabricantes de veículos estão investindo na fabricação própria de baterias, boa parte em parcerias com empresas do ramo. Para Ricardo Bacellar, da KPMG, isso tem a ver com o tema atual da falta de semicondutores.

“A bateria é um elemento absolutamente crítico para um carro elétrico, e as empresas estão internalizando a produção porque não querem correr o risco de quebra na cadeia de fornecimento, como está ocorrendo com os semicondutores”, afirma o consultor. Hoje, o fornecimento de baterias também está restrito a poucos fabricantes independentes, muitos deles de pequeno porte e instalados na Ásia.

Leia também

Covid e fornecedores limitados estão por trás da falta de semicondutores. Foto: Werther Santana/ Estadão - 9/1/2018

A falta de semicondutores é um dos impactos da pandemia de covid-19, que obrigou fábricas a fecharem as portas por alguns meses para evitar contaminações. Ao retomarem as atividades, se depararam com demanda inesperada e oferta restrita.

Outra parte do problema veio justamente da concentração de fabricantes na Ásia, que coincidiu também com um incêndio em uma das maiores fábricas de semicondutores e outros problemas enfrentados por empresas da Malásia, como o recente lockdown no país por causa do aumento de casos de covid provocados pela variante Delta.

No investimento total de mais de US$ 250 bilhões previstos pelo setor, há vários projetos de fábricas de baterias, como o recém-anunciado pela Ford. Parcela do valor também deve ser destinada a projetos de pós-venda e de serviços para carros elétricos, mercado ainda desconhecido pela maioria das empresas, pois ainda não há volume suficiente de modelos eletrificados para as empresas entenderem como vai funcionar a prestação desses serviços, assim como o comércio de modelos usados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.