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Com incentivos do governo, comércio superou patamar pré-crise em 2010

Segundo IBGE, a receita líquida de revenda do comércio teve expansão real de 14,2% na passagem de 2009 para 2010

Por Daniela Amorim (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

A recuperação da economia da crise de 2008 impulsionada pelo consumo das famílias beneficiou as vendas do comércio no País em 2010, confirmou a Pesquisa Anual de Comércio 2010, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A receita líquida de revenda do comércio - incluindo atacadista, varejista e de veículos e peças - teve expansão real de 14,2% na passagem de 2009 para 2010, para um patamar acima do verificado em 2007, antes da crise financeira internacional.

"Em 2010, o comércio cresceu mais do que já vinha crescendo antes da crise", contou Juliana Paiva, gerente de análise do IBGE. "E quem puxou o crescimento foi o varejo".

Em 2010, o País tinha 1.526 empresas comerciais, que geraram uma receita operacional líquida de R$ 1,9 trilhão e ocuparam 9,4 milhões de pessoas. Durante o ano, o comércio pagou R$ 112,4 bilhões em salários.

"O destaque é a representatividade do varejo no pessoal ocupado, mais de 60% dos trabalhadores do comércio", afirmou Juliana.

A pesquisa mostra que as 50 mil empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, 3,3% do universo total da pesquisa, geraram 73,4% do total da receita operacional líquida, alcançando R$ 1,4 trilhão. Essas empresas ocuparam 3,9 milhões de pessoas, uma fatia de 42,2% do total, e pagaram R$ 64,1 bilhões em massa salarial no ano, o equivalente a 57,0% da quantia paga pelo comércio.

As 152.290 empresas do comércio de veículos automotores, peças e motocicletas totalizaram R$ 280,8 bilhões de receita operacional líquida (10,0% do total do comércio), ocuparam 887.306 pessoas (9,5%) e pagaram uma massa salarial de R$ 13,0 bilhões (11,5%).

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Já no comércio atacadista, as 169,0 mil empresas (11,1% de todo o comércio) geraram R$ 788,4 bilhões de receita operacional líquida (42,4%). O segmento ocupou 1,583 milhão de pessoas (16,9%) e pagou R$ 29,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações (26,1%).

O varejo, com 1,2 milhão de empresas, o equivalente a 78,9% do total da pesquisa, gerou R$ 789,3 bilhões de receita operacional líquida, uma fatia de 42,5% do montante total. As atividades do segmento ocuparam 6,888 milhões de pessoas, 73,6% da força de trabalho de todo o comércio. O segmento pagou R$ 70,1 bilhões de massa salarial (62,4% do total).

Duas atividades juntas geraram 42,8% da receita do comércio varejista em 2010: hipermercados e supermercados; e combustíveis e lubrificantes. A primeira, com 12.140 de empresas, 1,0% do comércio varejista, gerou R$ 193,3 bilhões de receita líquida de revenda, ocupou 1,0 milhão de pessoas e despendeu R$ 11,7 bilhões. O comércio de combustíveis e lubrificantes obteve receita líquida de revenda de R$ 139,8 bilhões através de 29.500 empresas, que pagaram R$ 4,0 bilhões em massa salarial e ocuparam 350,5 mil pessoas.

O comércio de tecidos, artigos de vestuário e calçados, que detinha 265.481 empresas em 2010, 22,0% do total do varejo, ocupou o maior número de pessoas, 1,3 milhão, e pagou R$ 11,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

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