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Com IOF, empresas brasileiras perdem US$ 55 bilhões na Bolsa

Queda é superior ao valor de mercado da AmBev, que na terça-feira valia US$ 52,9 bi, aponta Economática

Por Agência Estado
Atualização:

As empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perderam US$ 55 bilhões no primeiro dia de vigência da medida que introduziu a cobrança do IOF de 2% para ingresso de capital externo no País, segundo levantamento da Economática. A queda é superior ao valor de mercado da AmBev, que fechou o dia com valor de US$ 52,9 bilhões.

 

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Os cálculos da Economática, que analisa o valor de mercado de 271 empresas listadas na Bolsa, mostram que o valor de mercado dessas companhias caiu de US$ 1,222 trilhão na última segunda-feira (dia 19) para US$ 1,167 trilhão nesta última terça-feira.

 

Lista das 10 maiores quedas nominais de valor de mercado (perdas em um dia):

1- Petrobrás (-US$ 7,960 bilhões)

2- Vale do Rio Doce (-US$ 5,067 bilhões)

3- ItauUnibanco (-US$ 4,177 bilhões)

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4- OGX Petróleo (-US$ 2,666 bilhões)

5- Bradesco (-US$ 2,665 bilhões)

6- Banco do Brasil (-US$ 2,275 bilhões)

7- Ambev (-US$ 1,688 bilhão)

8- BMF&Bovespa (-US$ 1,599 bilhão)

9- Siderúrgica Nacional (-US$ 1,223 bilhão)

10- All America Latina (-US$ 1,028 bilhão)

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Na terça-feira, a taxação do capital estrangeiro para aplicações em renda fixa e ações trouxe de volta ao mercado brasileiro as fortes oscilações - para baixo - que há alguns meses haviam desaparecido. Depois de um intenso vaivém, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu 2,88% e o dólar subiu 1,93%, para R$ 1,744.

 

Para muitos analistas, o movimento de terça-feira foi a justificativa perfeita para a chamada realização de lucros, depois de semanas em que a bolsa subiu fortemente. Eles acreditam, no entanto, que o efeito negativo da cobrança do imposto será limitado. Passado o susto, o real voltaria a se valorizar e a bolsa, a subir fortemente. Nesta quarta, o dólar já perde fôlego de alta no mercado doméstico, cotado a R$ 1,736 no balcão.

 

O otimismo em relação ao Brasil reflete-se também na Bolsa, que retomou a alta, com influência sobre o câmbio. Às 14h25, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de São Paulo, registrava valorização de 2,09%, aos 66.670 pontos.

 

(com Silvana Rocha e Taís Fuoco, de O Estado de S. Paulo)