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‘O passageiro tem de entender que o combustível é caro’, diz executivo da Emirates Airlines

Para executivo da Emirates, a experiência de voo é fundamental, e empresa não pode cortar serviços

Por Lucas Agrela
Atualização:

Para Salem Obaidalla, vice-presidente sênior de operações comerciais das Américas da Emirates Airlines, a experiência de voo é crucial para o negócio. Por isso, mesmo com a alta dos combustíveis no mundo, a empresa não planeja cortes de custos. Em vez disso, a escolha foi, em um ano marcado pela Copa do Mundo no Catar, aumentar os preços. Assim, para ampliar o alcance de mercado, a Emirates prepara uma nova categoria de passagens aéreas econômicas mais sofisticadas, que deve ser implementada globalmente na maioria das rotas em 2023.

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O objetivo é oferecer serviço de qualidade, com assentos grandes, boas refeições e atendimento no idioma nativo do passageiro. Para os brasileiros, além de voos diários de São Paulo para Dubai, a companhia terá opções partindo de Buenos Aires com escala no Rio de Janeiro a partir de novembro.

A seguir, os principais trechos da entrevista: 

Como está o mercado para a Emirates com o arrefecimento da pandemia?

O mercado brasileiro é muito importante para nós. Estamos aqui desde 2007. Estávamos crescendo no País até  a pandemia. O time aqui fez um bom trabalho e normalizamos os voos diários para São Paulo, especialmente com o modelo A380. Com a reabertura dos mercados, as pessoas que passaram dois anos em casa querem viajar. No Brasil, há pessoas querendo ir para as Maldivas, para Dubai ou para Istambul. Esse desejo por viajar é o que motiva uma forte retomada no setor aéreo. Rio de Janeiro, por exemplo, vai voltar para nossas rotas em novembro, em um voo que também irá para a Argentina.

Rio de Janeiro volta às rotas da Emirates em novembro, diz Obaidalla Foto: Divulgação/Emirates Airlines

Todas as rotas globais já foram retomadas?

Ainda não. Cerca de 70% já foram normalizadas.

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Qual é o perfil do passageiro dos voos da Emirates?

Procuramos os clientes que querem uma boa relação entre custo e benefício no voo. As pessoas vão e voltam de Dubai, um percurso longo, e elogiam as viagens. Nossos voos são cheios porque a experiência de voo é boa. Temos bons assentos, boas refeições, pontualidade em chegadas e partidas e ainda oferecemos atendimento ao cliente no idioma nativo. 

Qual  o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia para a Emirates?

O impacto é global. Já enfrentamos muitas crises e essa é mais uma. Temos de continuar a tocar os nossos negócios.

Como a alta do preço do petróleo afeta a empresa?

Precisamos aumentar os nossos preços, assim como todo o setor aéreo. Não vamos cortar custos. Não vamos comprometer nossos produtos e serviços. Precisamos sobreviver e o passageiro precisa entender que o combustível é muito caro. Por enquanto, isso não afeta a retomada do mercado. 

A demanda corporativa voltou ou as videochamadas  podem reduzir a necessidade de voos internacionais?

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Essa retomada depende do tipo do negócio. A demanda está voltando lentamente, mas de maneira constante.

Como a empresa busca aumentar a base de clientes?

Promovemos destinos populares, como Dubai e Cairo, e entramos em novos mercados, como as Maldivas. Além disso, já temos seis rotas com classe econômica premium e a modalidade será oferecida globalmente até o fim do ano que vem.

Globalmente, qual é a importância do mercado brasileiro para a Emirates?

É muito importante não apenas  por causa dos passageiros, mas pelo transporte de carga. 

Qual o plano da Emirates para a Copa do Mundo?

Levaremos o brasileiro de São Paulo para Dubai e teremos um voo curto que poderá levá-lo ao Catar para ver a partida e voltar no mesmo dia.

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