Apenas três atividades econômicas foram responsáveis pela criação de 65,7% dos novos empregos em 2009, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas gerou 373,9 mil novas vagas, Construção contratou 246,8 mil pessoas, enquanto Atividades administrativas e serviços complementares captou 193,8 mil funcionários. As informações são do Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre), divulgado nesta quarta-feira, 25.
O número de assalariados nas entidades empresariais do País aumentou 4,6% em 2009, na comparação com 2008. Mas houve redução no ritmo de crescimento das contratações, que tinham registrado aumento de 6,5% em 2008 e de 9,1% em 2007. A indústria de transformação ficou em 9º lugar na geração de empregos em 2009, depois de ter ocupado a primeira colocação em 2007 e a terceira em 2008.
"Enquanto em 2007 a indústria da transformação havia gerado quase 600 mil novos empregos, agora em 2009 ela gerou somente 42 mil novos postos. Então realmente ela sentiu o impacto da crise, que ocorreu no final de 2008 e início de 2009, e foi suplantada pela geração do comércio e da construção civil, o que demonstra também, por outro lado, o fortalecimento do mercado interno", disse Denise Guichard Freire, gerente do Cempre.
Entre 2007 e 2009, as atividades que mais registraram crescimento da força de trabalho assalariada foram Atividades profissionais, científicas e técnicas, com variação de 18,2%, Artes, cultura, esporte e recreação, com alta de 13,9%, e Construção, com um incremento de 12,5%.
Em 2009, a região Sudeste teve o maior aumento no volume do pessoal assalariado, com 548,1 mil novos empregos, de um total de 1,2 milhão de cargos criados no País.
(Texto atualizado às 16h13)