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Comissão Europeia lança investigações sobre derivativos

Duas investigações antitruste serão feitas sobre instituições que operam o mercado global para swaps de default de crédito (CDS), que agem como seguro contra default de dívida

Por Danielle Chaves e da Agência Estado
Atualização:

A Comissão Europeia informou que abriu duas investigações antitruste sobre as instituições financeiras que operam o mercado global para swaps de default de crédito (CDS) - os derivativos que agem como seguro contra default de dívida. A primeira investigação vai analisar se 16 bancos e a Markit, um grande fornecedor de preços de CDS, possuem uma posição dominante no mercado e estão abusando disso.

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A outra investigação vai examinar se os contratos assinados entre a ICE Clear Europe - a subsidiária da IntercontinentalExchange (ICE) que é líder nas operações de CDS na Europa - e nove bancos de investimento criam incentivos para esses bancos usarem apenas a ICE Clear Europe, impedindo que outras câmaras de compensação entrem no mercado.

A Comissão Europeia, que é o braço executivo da União Europeia, também está examinando se os contratos assinados entre a ICE e os nove bancos dão a esses bancos uma vantagem injusta sobre outros operadores de CDS.

O mercado global de CDS, com cerca de US$ 30 trilhões em valor de contratos em circulação, é controlado por menos de 20 das maiores instituições financeiras do mundo. Essas instituições compram e vendem contratos de CDS em nome de seus clientes - como companhias de seguro que querem se proteger contra um default dos bônus que contêm em suas carteiras ou fundos de hedge que especulam sobre o risco de default de países, empresas ou mesmo de proprietários de residências.

Os bancos também negociam contratos de CDS usando recursos próprios, tanto para proteger suas posições quanto para especular.

Os 16 bancos envolvidos nas investigações são JPMorgan Chase, Bank of America, Barclays, BNP Paribas, Citigroup, Commerzbank, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs Group, HSBC Holdings, Morgan Stanley, Royal Bank of Scotland, UBS, Wells Fargo, Credit Agricole e Société Générale.

Os nove bancos que são alvo da Comissão Europeia na segunda investigação são Bank of America, Barclays, Citigroup, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, JPMorgan, Morgan Stanley e UBS. As informações são da Dow Jones.

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