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Comprar exige sacrifícios

Economizar é o primeiro passo para as famílias que querem adquirir um imóvel novo

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Por Redação
Atualização:

Todos sabem que vale a pena investir no sonho da casa própria. Mas o mutuário deve estar consciente de que a compra de um imóvel exige alguns sacrifícios. Economizar é o primeiro passo para as famílias que estão de olho em casa ou apartamento e ainda não têm recursos suficientes.

 

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"Reúna a sua família e faça um planejamento detalhado das receitas e despesas. Veja onde certos gastos podem ser reduzidos ou até eliminados. Esse levantamento fará a diferença na hora de dar uma boa quantia na entrada", afirma o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

 

O comprador pode ainda poupar algum dinheiro, cortando despesas com telefone fixo e o celular, além de combustível e "baladas". Um celular pré-pago, por exemplo, permite maior controle sobre a sua mensalidade. A economia doméstica também configura um bom meio de juntar algum trocado. Aliás, o reaproveitamento de alimentos, móveis, roupas e embalagens, entre outros, reforça o orçamento familiar e ajuda na preservação ambiental. Ou seja, reciclar é economizar.

 

Em meio aos planos de adquirir um imóvel, o mutuário deve ficar atento para não incorporar novos gastos ao orçamento familiar. Guarde na caderneta de poupança o dinheiro que sobrou com o fim de uma despesa. Outra fonte estratégica de receita para garantir uma boa entrada são os recursos extras, como as férias, o13.º salário, a participação nos lucros da empresa e os abonos. Apesar da economia, Oliveira explica que a família ainda pode se divertir. Contudo, terá de optar por lugares mais baratos.

 

Segundo ele, os financiamentos com prazos de até 30 anos só devem ser feitos em último caso, já que o custo final pode ser até 300% maior. "Os financiamentos imobiliários são de longo prazo, e as taxas e os juros são calculados conforme o tempo. Por isso, quanto menos o comprador ficar devendo, melhor, pois pagará juros menores", aconselha.

 

De acordo com cálculos da Anefac, quem financiar integralmente por 20 anos um imóvel de R$ 100 mil pelo sistema de amortização Sacre, com juros hipotéticos de 12% ao ano, terá de desembolsar, no fim, R$ 247 mil. "Às vezes também vale a pena comprar um imóvel que seja mais barato. Isto é, que esteja no momento ao alcance do seu bolso", justifica o consultor da Associação Brasileira dos Moradores e Mutuários (ABMM), Wilson Gomes.

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Avalie a venda do imóvel

 

O vice-presidente da Anefac, lembra de famílias que venderam o carro para ‘turbinar’ a verba da compra da casa nova. A ideia, avalia, é uma faca de dois gumes. "Há aspectos positivos e negativos. Depende das circunstâncias. Pode ser uma alternativa se o automóvel não for indispensável. Afinal, é um ponto de partida. Há a possibilidade também de vender o veículo e comprar outro inferior. O dinheiro que sobrar seria para aplicar no imóvel novo", explica.

 

"Agora, o interessado não deve vender um veículo e financiar outro. Até porque as taxas para o financiamento de carros, geralmente, são maiores que as praticadas pelos bancos", diz. O mutuário ainda terá de arcar com as prestações do carro e da casa.

 

Todos os esforços para cortar custos são necessários, mas as maiores fontes de recursos para a aquisição da casa própria são mesmo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e as reservas financeiras, como a poupança. O FGTS pode ser usado na entrada e a cada dois anos para amortizar as prestações.

 

"As duas opções compensam mais se utilizadas na compra do imóvel do que como forma de investimento se comparadas com os juros cobrados pelos bancos", afirma Oliveira. A correção do Fundo é de 3% ao ano mais a TR e a da poupança é de 6%. Já os bancos cobram até 14%.

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