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Confiança da indústria cai para menor nível desde setembro de 2009

Segundo a FGV, indicador recuou 2% em julho, em 7ª queda seguida

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

Pela sétima vez consecutiva, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou queda, embora menos intensa do que a apurada em mês anterior. O indicador recuou 2% em julho, após cair 2,5% em junho, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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O indicador, que vai até 200 pontos, caiu de 107,1 pontos para 105,0 pontos de junho para julho, na série com ajuste sazonal. Este é o menor nível da confiança da indústria desde o início do período mais agudo da crise global em setembro de 2009 (103,6 pontos).

O  recuo da confiança em julho foi influenciado principalmente por uma piora nas expectativas dos empresários. Entre os dois sub-indicadores componentes do ICI, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,3% em julho, após mostrar queda de 3,5% em junho. Mas o segundo componente do ICI, o Índice de Expectativas (IE), caiu 3,7% em julho contra queda de 1,7% em junho. A FGV alertou que o IE atingiu 102,6 pontos este mês, abaixo da média histórica de 103,0 pontos pela primeira vez desde agosto de 2009. O nível médio representa o limite entre expectativas consideradas otimistas e pessimistas na pesquisa.

A intenção das empresas de contratar menos nos próximos meses ajudou a manter o índice em queda em julho. Das 1.174 companhias entrevistadas para cálculo do indicador, o porcentual de pesquisadas que pretendem ampliar contingente de mão-de-obra no terceiro trimestre caiu de 30,2% para 23,7% de junho para julho, o menor ímpeto de contratações  desde agosto de 2009.

Nas respostas relacionadas ao presente, as empresas alertaram para o nível atual de estoques. A fatia de empresas que avaliam o nível de estoques como excessivo aumentou de 5,3% para 6,6% entre junho e julho, enquanto a parcela de empresas que o consideram insuficiente diminuiu de 3,3% para 2,2%, no mesmo período.

Na comparação com julho do ano passado, o ICI registrou queda de 8% em julho, mais forte do que a apurada em junho (-7,3%), no mesmo tipo de comparação.Ainda na comparação com julho do ano passado, houve quedas de 8,4% e de 7,5%, respectivamente para o índice de Situação Atual e para o indicador de Expectativas, em julho deste ano.

O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 4 e 26 deste mês, em uma amostra de 1.174 empresas informantes. 

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Capacidade instalada

O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria com ajuste sazonal mostrou desaceleração e ficou em 84,1% em julho, após registrar patamar de 84,3% em junho. Este foi o menor nível desde fevereiro de 2010 (84,0%).

Ainda segundo a fundação, na série de dados sem ajuste sazonal, o nível de uso de capacidade em julho foi de 84,0%, abaixo do apurado em junho, quando atingiu 84,1%, nesta mesma série.

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