Após 14 altas consecutivas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 1,0% em abril ante março, segundo informou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa é bem distante da apurada no mês passado, quando o ICI subiu 0,6% contra fevereiro.
O ICI é um indicador cujo cálculo é baseado em cinco tópicos da Sondagem da Indústria. A partir das respostas destes tópicos, a FGV elabora o resultado do índice dentro de uma escala que vai de 0 a 200 pontos, sendo que o desempenho do indicador é de queda ou de elevação se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente.
Os dados atualizados do índice mostram que, de março para abril, o indicador recuou de 116,5 pontos para 115,3 pontos, na série com ajuste sazonal. A FGV informou que, apesar do recuo em relação a março, o índice manteve patamar elevado em abril, em termos históricos, sendo comparável ao de junho de 2008 (115,4), período anterior à fase mais aguda da crise internacional.
Na comparação com abril do ano passado, o ICI registrou alta de 38,2% esse mês, elevação menos intensa do que a taxa positiva de 49,0% registrada em março, no mesmo tipo de comparação, nos dados sem ajuste sazonal.
O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que teve aumento de 2,3% em abril após subir 3,4% em março, nos dados atualizados na série com ajuste sazonal. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas (IE), que apresentou taxa negativa de 4,5% este mês, queda mais intensa do que a apurada em março, quando caiu 2,2%.
Na comparação com abril do ano passado, nos dados sem ajuste sazonal, houve aumentos de 42,5% e de 34,0%, respectivamente para o índice de Situação Atual e para o indicador de Expectativas, em abril deste ano.
O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 5 e 27 deste mês, em uma amostra de 1.194 empresas informantes.