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Confiança na indústria fica estável em novembro

Em uma escala até 200 pontos, o ICI manteve-se em 100,7, segundo cálculo da FGV

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou estabilidade em novembro, frente à queda de 0,4% em outubro, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado é idêntico ao da prévia do indicador anunciada na semana passada. Na prática, o desempenho oficial confirma interrupção de sequência de dez meses de queda no indicador.

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Em uma escala até 200 pontos, o ICI manteve-se em 100,7 pontos de outubro para novembro. Mesmo com a estabilidade, esta pontuação se posiciona abaixo da média desde 2003 (103,9 pontos), e reflete nível ainda baixo de confiança por parte do empresário industrial em relação ao rumo dos negócios.

A estabilidade do ICI foi alcançada pela combinação de avaliações menos favoráveis em relação ao momento atual e de expectativas um pouco mais favoráveis para os meses seguintes. Nos dois sub-indicadores componentes do ICI, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,5% em novembro, contra queda de 0,9% em outubro. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,5% em novembro, em comparação com a taxa positiva de 0,2% em outubro.

Pelos resultados preliminares, o ICI manteve-se em 100,7 pontos em  novembro, 3,2 pontos abaixo da média histórica desde 2003 e ainda no menor nível desde agosto de 2009 (100,2). Para a prévia, foram consultadas 801 empresas, cerca de dois terços da amostra total da pesquisa. O universo total da pesquisa abrange 1.219 empresas informantes, pesquisadas entre os dias 3 e 29 deste mês.

Perspectiva

A perspectiva de novas contratações ajudou a elevar as expectativas dos empresários este mês. Em 1.219 empresas consultadas, a parcela de empresas que planejam ampliar contingente nos próximos três meses subiu de 17,9% em outubro para 22,2% em novembro. No mesmo período, caiu de 13% para 11,9% a fatia de companhias entrevistadas que planejam cortes de mão de obra.

As respostas relacionadas ao futuro foram determinantes para formar a estabilidade do indicador em novembro, após dez meses em queda.

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Nas respostas relacionadas ao presente, porém, o cenário não é favorável. Em novembro, o nível de insatisfação com o ambiente atual de negócios é o maior desde agosto de 2009. A fatia de empresas que avaliam a situação dos negócios como boa caiu de 19,0% para 17,0% de outubro para novembro. Já a fatia dos que a avaliam como fraca subiu de 9,5% para 13,7% no mesmo período.

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