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Consumo de energia no país cresce 5,4% em 2007, diz EPE

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Por Redação
Atualização:

Alavancado pelos setores residencial e comercial, o consumo de energia no país cresceu 5,4 por cento em 2007, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), resultado acima dos 4,7 por cento contabilizados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), no final do ano passado. De acordo com a EPE, o consumo de energia havia crescido 3,5 por cento em 2006 e 4,5 por cento em 2005. "O resultado veio dentro do previsto em um ano de economia mais aquecida", disse a jornalistas o diretor de Estudos Econômicos e Energéticos da EPE, Amílcar Guerreiro. Ele explicou que os dados da EPE incluem todo país e os do ONS medem o consumo apenas no sistema elétrico interligado. Além disso, o operador incluiu toda a carga que circula no sistema elétrico, incluindo perdas operacionais e técnicas, enquanto que a EPE mede o consumo final. "O número do ONS não reflete apenas o consumo de energia, tem perdas também. A melhor estatística para analisar consumo é a da EPE", acrescentou Segundo o executivo, o consumo residencial e comercial cresceu acima da média nacional em 2007, com taxas de 6 por cento e 7 por cento, respectivamente. O consumo do setor industrial avançou no ano passado 5 por cento. "O crescimento da renda favoreceu o consumo residencial, mas no ano passado houve um aumento de 1,7 milhão de novos consumidores residencias. Um quarto desse total se deve ao programa Luz para Todos", declarou Guerreiro ao se referir ao programa de inclusão de energia elétrica do Governo Federal A EPE calculou que o consumo de energia na região Sudeste subiu 7 por cento; na Nordeste, 5,8 por cento; na Norte, 5,4 por cento; na Sul, 5,1 por cento; e na Sudeste, 5 por cento. "São Paulo teve um crescimento de 5,5 por cento, acima da média do Sudeste e nacional. Esse movimento foi puxado pela indústria, em especial pela indústria de automóveis, que teve um excelente ano", afirmou o diretor da EPE. A previsão é que o consumo de energia em 2008 seja de crescimento de 5,2 por cento, sendo que o segmento residencial deve ampliar a demanda em 6 por cento; o comercial em 7,5 por cento e a indústria 4 por cento. "Nossa previsão é de que haja um movimento de aumento maior da autoprodução no setor industrial esse ano. Há programas próprios nas áreas siderúrgica, papel e celulose, petroquímica e outros", avaliou Guerreiro. (Por Rodrigo Viga Gaier)

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