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Consumo de energia sobe 2,4% em abril sobre 2010--EPE

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Por Redação
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O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 2,4 por cento em abril sobre igual mês de 2010, totalizando 35.835 gigawatts-hora (GWh), divulgou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta terça-feira. Nos primeiros quatro meses do ano, o consumo total cresceu 4,1 por cento, enquanto no acumulado de 12 meses o avanço ficou em 6,2 por cento. O detalhamento dos dados apresentados apontam para uma acomodação do crescimento do consumo de energia nas indústrias. Segundo a EPE, ligada ao Ministério de Minas e Energia, o consumo industrial cresceu 2,9 por cento em abril na comparação anual, com avanço de 4 por cento no acumulado dos quatro primeiros meses do ano. "A média móvel e as taxas de crescimento de 12 meses... sugerem uma certa estabilização no crescimento do consumo de energia na indústria", disse a EPE em nota. Segundo a EPE, algumas distribuidoras de energia têm sinalizado que a indústria de transformação vem demonstrando acomodação por conta da apreciação do real e das medidas de controle da inflação adotadas pelo governo --como elevação dos juros e restrições ao crédito. "Por outro lado, a agroindústria vem se beneficiando da alta dos preços das commodities (no mercado internacional), favorecendo especialmente as indústrias ligadas ao beneficiamento e processamento de grãos, com destaque para o Centro-Oeste", acrescentou a EPE. O consumo comercial e de serviços mostrou o maior crescimento no mês passado, com expansão de 4,9 por cento sobre um ano antes. De janeiro a abril, a alta do consumo nesse segmento foi de 5,7 por cento. O consumo das residências, por outro lado, cresceu apenas 0,9 por cento em abril ante o mesmo mês do ano passado, com consumo médio por residência de 157 quilowatts-hora (kWh). Em 2011 até o mês passado a alta acumulada no segmento é de 4,2 por cento. CLASSE MÉDIA O relatório mensal da EPE mostrou ainda que o crescimento da classe média vem mudando o perfil de consumo residencial no Brasil. "Nos últimos anos houve aumento expressivo do número de residências que consomem maior quantidade de energia, bem como elevação da participação da faixa intermediária de consumo no total consumido", disse a EPE. Entre 2006 e 2010, cerca de 8 milhões de novos consumidores foram incluídos no mercado de energia elétrica. E 6 milhões de consumidores pularam para a faixa mensal de 200 KWh e 500 kWh. Os consumidores nesse intervalo respondem agora por 26,6 por cento do total de clientes residenciais das distribuidoras de energia no Brasil. "Por trás dessas mudanças está o crescimento econômico e a melhor distribuição de renda da população, os quais não só inserem no mercado novos consumidores como aumentam a posse e o uso de equipamentos eletrodomésticos", disse a EPE. (Por Carolina Marcondes)

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