O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) estimou hoje em 110,3 bilhões de litros o mercado total de combustíveis em 2011, um crescimento de 2,8% em relação a 2010. O consumo de gasolina cresceu 18,3% no período, passando de 29,8 bilhões de litros para 35,3 bilhões de litros.
Já o de álcool hidratado (usado nos carros) recuou 28,4% neste ano, resultado de oferta menor do produto e preços maiores. Os números consideram as estimativas do próprio Sindicom e do mercado em geral. O faturamento do setor no ano ficou em R$ 240 bilhões.
Álcool mais caro
A menor oferta e o consequente encarecimento do álcool fizeram com que, em nenhum mês do ano, este combustível fosse mais competitivo do que a gasolina em 22 Estados brasileiros. A informação é do presidente-executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz.
A baixa oferta levou a uma volatilidade de preços em 2011. O álcool anidro aumentou 121% no ano, e o hidratado, 47%. Ou seja, o motorista que fez os cálculos do que seria melhor para o seu bolso preferiu usar gasolina durante todo o ano, em 22 Estados.
"A produção de etanol não cresceu na mesma proporção do crescimento da frota flex, levando a um aumento do consumo da gasolina", disse hoje, em entrevista a jornalistas.
Em apenas cinco Estados o etanol chegou a ser mais competitivo do que a gasolina para o consumidor em algum momento do ano, sendo que em dois deles (PR e TO), essa vantagem se manteve por não mais que dois meses.
Em São Paulo, o álcool ficou mais competitivo em quatro meses do ano. No Mato Grosso, a competitividade se manteve por nove meses. Em Goiás, por oito meses.
Desde a introdução da frota flex no País, que começa em 2003, Vaz diz que isso não acontece. O etanol hidratado deve fechar o ano em 10,8 bilhões de litros, ante o pico de 16,471 bilhões de litros em 2009.
Segundo Vaz, os produtores já estão pleiteando o aumento do porcentual de mistura do anidro à gasolina, de 20% para 25%, acreditando que será possível atender o mercado em 2012.
Consumo
O Sindicom prevê que o consumo de gasolina continuará forte em 2012, e que o preço do combustível tende a subir depois do fim programado da redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). A informação é do presidente-executivo do Sindicom, Alisio Vaz.O executivo acredita que o etanol só deve recuperar espaço em 2013, fazendo com que o consumo de gasolina se mantenha elevado.Segundo ele, que reforça que o Sindicom não faz cálculos exatos com previsões, o crescimento do mercado de diesel deve acompanhar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB).
Texto atualizado às 14h43