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Contrato entre Petrobras e Galp para biodiesel ainda está em estudo

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Por Redação
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São Paulo, 19 O presidente do Conselho de Administração da Galp Energia, de Portugal, Francisco Murteira Nabo, disse que ainda estão em discussão as definições sobre qual será o investimento e onde será a fábrica que a empresa formará em parceria com a Petrobras para fabricação de 600 mil toneladas por ano de biodiesel. Murteira disse também que ainda está em fase de definição qual será o papel que a Galp Energia terá na colocação do biodiesel produzido no Brasil no mercado europeu. Segundo ele, a idéia do acordo entre Galp e Petrobras é que Portugal seja uma plataforma para a entrada, na Europa, do biodiesel produzido no Brasil. Petrobras e Galp assinaram um protocolo de acordo no dia 18 de maio, mas o contrato ainda depende da definição dessas questões. A expectativa, segundo o executivo português, é de que o acordo seja fechado em breve. A parceria das empresas brasileira e portuguesa para fabricação do biodiesel acontece com base em uma decisão da União Européia de que a partir de 2010 cada litro de diesel terá em sua composição 5,75% de biodiesel. Murteira explicou que, das 600 mil toneladas de biodiesel produzidas no Brasil, 300 mil toneladas serão exportadas para Portugal e outras 300 mil ficarão com a Petrobras. A produção está prevista para começar em 2010. Os portugueses, porém, vão formar outras parcerias em Angola e Moçambique para completar as necessidades de biodiesel do país, que serão de 600 mil toneladas de biodiesel por ano. O executivo português disse ainda que o governo português vai além das exigências da União Européia e pretende adicionar 10% de biodiesel no litro do diesel. Ele informou também que a expectativa é de que a nova fábrica possa produzir além das 600 mil toneladas/ano, para que obtenha um excedente exportável, com vistas ao mercado da União Européia. Segundo Murteira, a decisão de firmar um acordo primeiro com a Petrobras para depois replicá-lo em Angola e Moçambique levou em conta as parcerias que a empresa portuguesa já tem com a Petrobras nas bacias de Santos, Espírito Santo e do Nordeste.

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