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Crescimento na Europa desacelera

PIB da Alemanha avançou 0,1% no segundo trimestre, enquanto zona do euro cresceu 0,2%

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast), Danielle Chaves , Hélio Barboza e da Agência Estado
Atualização:

A crise já demonstra seus efeitos no crescimento das economias europeias. Nesta manhã, foram divulgados os PIBs de diversos países da Europa no segundo trimestre, todos em desaceleração em relação ao primeiro trimestre.

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O crescimento econômico da Alemanha, maior economia da Europa, desacelerou fortemente no segundo trimestre, depois de um desempenho excepcional no primeiro trimestre, ficando aquém das expectativas e abaixo dos níveis pré-crise, disse o Escritório Federal de Estatísticas (Destatis).

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 0,1% no segundo trimestre em relação ao primeiro, conforme dados ajustados à sazonalidade, aos preços e ao calendário. Em base anual, o PIB cresceu 2,7% em termos ajustados aos preços e ao calendário.

Esses números marcam uma considerável desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando o crescimento atingiu a impressionante taxa de 1,3%, revisada para baixo do 1,5% divulgado anteriormente, e de 4,7% ante o mesmo período do ano passado, revisada para baixo em relação aos 4,9% da primeira divulgação.

Os novos dados também estão abaixo das previsões de analistas consultados pela Dow Jones e que previam crescimento de 0,4% no trimestre e de 3,1% no ano.

Zona do euro

A economia da zona do euro cresceu no segundo trimestre deste ano no ritmo mais lento desde o fim da recessão, de acordo com dados da Eurostat. O PIB conjunto dos 17 países do bloco aumentou 0,2% em comparação com o primeiro trimestre e subiu 1,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

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A expansão em base trimestral foi a menor desde o segundo trimestre de 2009, quando houve contração de 0,2%. Aquele havia sido o último de cinco trimestres consecutivos de queda no PIB em seguida à crise financeira global. Os resultados ficaram abaixo do esperado. Economistas ouvidos pela Dow Jones previam crescimento trimestral de 0,3% e anual de 1,8%.

Os dados do segundo trimestre indicam desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando houve expansão de 0,8% ante o quarto trimestre de 2010.

Nos 27 países da União Europeia, o crescimento econômico também se desacelerou para 0,2% no segundo trimestre, de 0,8% no primeiro trimestre.

Espanha

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A tentativa de recuperação da economia espanhola perdeu impulso no segundo trimestre, uma vez que a quarta maior economia da zona do euro sofreu os efeitos do aprofundamento da crise da dívida soberana, conforme dados divulgados pelo Instituto de Estatísticas da Espanha (INE). O PIB da Espanha cresceu 0,2% no segundo trimestre em relação ao anterior, abaixo da expansão de 0,3% verificada no primeiro trimestre, com a queda na demanda doméstica parcialmente compensada pela explosão das exportações. Em base anual, o PIB espanhol cresceu 0,7% no segundo trimestre.

Os números, em linha com uma estimativa divulgada no começo do mês pelo banco central, indicam que o crescimento econômico espanhol pode ficar abaixo da meta do governo, de 1,3% em 2011, a menos que se acelere significativamente na segunda metade do ano. Isso também pode tornar mais difícil atingir a ambiciosa meta de cortar o déficit do governo, de 9,2% do PIB em 2010 para 6% este ano.

Portugal

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A economia de Portugal voltou a registrar contração no segundo trimestre, com o PIB em queda anual de 0,9% no período, embora tenha permanecido inalterado em comparação ao primeiro trimestre, segundo do INE.

O PIB de Portugal havia crescido 1,4% no primeiro trimestre, em base anual. O Ministério das Finanças espera que a economia de Portugal estima uma contração de 2,3% em 2011 e de 1,7% em 2012. As informações são da Dow Jones.

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