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Crime econômico atingiu 27% das empresas em 2 anos, aponta pesquisa

Segundo a PwC, a maioria dos crimes econômicos ocorreu na área de compras; do total de empresas entrevistadas, 33,3% sofreram fraude de US$ 100 mil a US$ 1 milhão

Por Carla Araujo e da Agência Estado
Atualização:

Quase um terço das empresas (27%) foi vítima de algum tipo de crime econômico no Brasil nos últimos dois anos, de acordo com a Pesquisa Global de Crimes Econômicos de 2014, divulgada nesta quarta-feira, 19, pela PwC Brasil, grupo de auditoria e consultoria. A pesquisa ouviu executivos de 130 companhias nacionais e mostra que a maioria das fraudes (33,3%) representou para as empresas brasileiras um custo que variou de US$ 100 mil a US$ 1 milhão.

A pesquisa mostra ainda que 74% dos entrevistados acreditam que os crimes ocorreram porque houve falhas ou brechas que permitiram a fraude. Além disso, 13% dos crimes ocorreram por algum tipo de pressão e outros 13% por alguma razão de caráter pessoal.O estudo cita a nova Lei Anticorrupcão no País e diz que as empresas precisam passar a investir ainda mais em tecnologia e auditoria para evitar penalidades. "É preciso criar um mapa de riscos e traçar estratégia contínua para evitar as fraudes", disse Lopes.Crimes virtuais. A incidência de crimes virtuais (cybercrimes) caiu em relação à pesquisa anterior, que teve dados de 2011. Na ocasião, o total de crimes virtuais era de 32%. Agora, baixou para 17%. Para Lopes, essa redução pode ser explicada por um forte investimento na área de TI nos últimos anos.O diretor de Tecnologia da área de forense da PwC, Fernando Carbone, porém, faz uma ressalva. "Essa é uma realidade traçada com base nos que responderam à pesquisa e pode dar uma falsa sensação de segurança no Brasil", afirmou. Do total de entrevistados, 45% são altos executivos.Cenário global. A pesquisa global da PwC consultou mais de 5 mil executivos em 95 países. No cenário global, 34% das empresas sofreram algum crime econômico nos últimos 24 meses. De acordo com o levantamento, em 55% dos casos as fraudes estão relacionadas ao controle interno, ou seja, contam com a participação de funcionário. Além disso, em 13% dos casos os crimes são ligados a suborno e corrupção.

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