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CSN concede desconto de 5% a 10% sobre estoque de aço

Segundo presidente da companhia, preço reduzido está sendo acertado sobre bobinas de pouco valor e não vale para compras já programadas

Por Chiara Quintão e da Agência Estado
Atualização:

A Companhia Siderurgia Nacional (CSN) está concedendo descontos sobre seus estoques de aço a distribuidores na faixa de 5% a 10%, segundo informou nesta segunda-feira, 30, o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch. "Já para as compras programadas, o preço continua firme", disse o executivo. Steinbruch comentou ainda que, diante dos estoques internacionais nos EUA, na Europa e na Ásia, está faltando mercado nessas regiões para o insumo, o que faz com que os produtores internacionais "forcem o mercado aqui". "Vamos forçar o mercado em condições iguais", disse.

Segundo ele, os descontos estão sendo concedidos sobre bobinas de pouco valor. Indagado sobre se as reduções de preços estão sendo oferecidas também aos clientes da indústria, Steinbruch respondeu que as compras por esses consumidores são de produtos específicos e programados.O presidente da CSN ainda que a queda do preço contratual para o minério de ferro para o quarto trimestre será de 8% a 10%. Com essa redução, o preço da tonelada do minério ficará em torno de US$ 140. "Esse valor é bastante expressivo considerando a média do ano passado", afirmou. Steinbruch afirmou que a resistência ao reajuste proposto deve ser muito pequena "em função da fórmula de cálculo baseada no preço à vista (spot) da commodity no trimestre anterior".O reajuste para os contratos do quarto trimestre leva em conta a média de preços da matéria-prima no mercado à vista chinês de junho a agosto, na medida em que o novo modelo prevê um mês de defasagem para o cálculo. O executivo, que hoje participa do 7º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, acrescentou que a demanda por aço continua firme no Brasil.CimentoSteinbruch afirmou ainda que o momento de entrada da empresa no setor de cimento é bastante oportuno, devido à falta do produto no mercado brasileiro, que está resultando em importações. "Estamos faturando 110 mil toneladas de cimento por mês e devemos chegar a 150 mil toneladas até o fim do ano, à plena capacidade", disse. O cimento integra o grupo de setores em que a CSN já divulgou que pretende crescer. A companhia tentou comprar a cimenteira portuguesa Cimpor, mas não fechou o negócio.

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