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CSN fecha acordo para venda de minério de Casa de Pedra

Por ALBERTO ALERIGI JR.
Atualização:

A Companhia Siderúrgica Nacional anunciou nesta terça-feira seu primeiro contrato de longo prazo de fornecimento de minério de ferro depois que venceu disputa judicial com a Vale . Os contratos assinados com a Gulf Industrial Investment, uma empresa do Barein, envolvem fornecimento de minério fino para pelotas produzido a partir das minas de Casa de Pedra e da subsidiária Namisa, informou a CSN em comunicado ao mercado. O acordo tem prazo de 25 anos a partir de 2009 com um volume mínimo contratado de 183,3 milhões de toneladas. "As condições comerciais de tais contratos são condizentes com aquelas praticadas no mercado internacional de minério de ferro, inclusive no que se refere a preço e critérios de reajuste", informou a CSN. As ações da CSN operavam em queda de cerca de 2 por cento logo após a abertura da Bovespa, que caía 1,75 por cento às 10h. A CSN tem intenção de vender parte da Namisa este ano e avalia estudos para uma oferta de ações da mina Casa de Pedra. Em janeiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal decidiu contra a Vale em uma tentativa da empresa de manter seu direito de preferência do minério de ferro excedente da mina Casa de Pedra. "O contrato é positivo para eles, porque uma das grandes questões do mercado era saber se as capacidades que estão sendo desenvolvidas pela CSN vão ter comprador", disse o analista Rodrigo Ferraz, da corretora Brascan. "Esse contrato dá um nível de segurança no sentido de que a produção será vendida", acrescentou o analista afirmando que o o acordo equivale a cerca de 10 por cento da produção estimada de minério de ferro de Casa de Pedra para 2013, de 70 milhões de toneladas. A mina de Casa de Pedra fez parte do descruzamento acionário entre Vale e CSN em 2001, quando a mineradora ficou com direito de comprar o minério excedente à utilizada na produção de aço pela siderúrgica. Após comprar várias mineradoras no Brasil, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu que a Vale teria que optar entre manter o direito de preferência ou vender a mineradora Ferteco. A Vale recorreu da decisão mas perdeu este ano e a CSN ficou liberada para vender o minério excedente.

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