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Cuba expande acesso à internet, mas controla ‘comportamento ético’

Após reajuste, custo por hora navegada salta para US$ 6,00 e equivale a 30% do salário médio no país

Por Efe
Atualização:

HAVANA - O governo de Cuba anunciou nesta terça-feira, 28, a ampliação do acesso à internet no país. Em 4 de julho, serão inauguradas 118 salas com conexão à rede.

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A hora de acesso à internet em Cuba foi reajustada em 33%. Passará de US$ 4,50 para US$ 6,00 - o que corresponde a 30% do salário médio mensal em Cuba, de US$ 20.

Para poder ver e-mails, cubanos pagarão US$ 1,50.

Esse alto preço é justificado pelo governo cubano com seus alegados esforços em melhorar a qualidade da conexão. As "novas facilidades", de acordo com Havana, serão possibilitadas por cabo submarino de fibra óptica instalado em rede com a Venezuela.

Restrições. O Ministério das Comunicações de Cuba informa, porém, que, caso haja "alguma violação das normas de comportamento ético que promove o Estado cubano", a conexão do usuário será interrompida "de forma imediata".

Cuba atribui o precário acesso à internet no país ao embargo econômico promovido pelos Estados Unidos desde 1962. Essa política obrigaria Cuba a usar a web apenas via satélite - modalidade mais cara e mais lenta.

Com o cabeamento submarino, Cuba espera elevar sua capacidade de conexão em mais de 3 mil vezes.

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Mas, por enquanto, a maioria dos cubanos continuará sem ter internet em casa. Somente alguns médicos, jornalistas, médicos, estudantes, advogados, intelectuais e artistas (todos poucos e não oposicionistas) têm esse direito no país.

O acesso nas novas lan houses será administrado pela Empresa de Telecomunicações de Cuba (Etecasa). Serviços de e-mail já são disponíveis em alguns hotéis - por causa dos turistas - e em algumas agências de correio.

Às salas de acesso anunciadas no Diário Oficial de Cuba nesta terça devem ser "paulatinamente" acrescidas novas centrais.

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