A CVC reportou nesta terça-feira, 15, prejuízo líquido de R$ 145,8 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo lucro líquido de R$ 392,5 milhões na comparação anual. No ano completo de 2021, o prejuízo teve redução de 60,3%, saindo de R$ 1,2 bilhão de janeiro a dezembro de 2020 para R$ 486,7 milhões no mesmo intervalo do ano passado.
No quarto trimestre de 2021, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da CVC somou R$ 35,4 milhões negativos, e queda de 67,8% do indicador também negativo em R$ 109,9 milhões no mesmo período de 2020. Em 2021, o Ebitda ficou negativo em R$ 235 milhões, ante R$ 1,190 bilhão de um ano antes, uma diferença de 80,3% na comparação ano a ano.
Otimismo
Apesar do resultado, a CVC demonstrou otimismo em mensagem da administração. “A maior parte dos seus efeitos(covid-19) no mundo parece ter já se dissipado, e novamente registramos aumento de interesse de consumidores por viagens domésticas e internacionais”, diz.
A retomada do setor deverá seguir impulsionada pela grande demanda reprimida. O índice de atividades turísticas, divulgado na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, mostrou em dezembro crescimento pelo 8º mês consecutivo, acumulando 21,1% em 2021. Segundo a companhia, os números se refletem também na operação da CVC Corp no Brasil, que no ano passado embarcou 7,7 milhões de passageiros, 30% a mais que em 2020.
A receita líquida no quarto trimestre de 2021 cresceu 92,9% na comparação anual, chegando a R$ 314 milhões. Segundo a CVC, os números são reflexo, principalmente, do maior valor médio em viagens domésticas (alta temporada), e incremento na demanda por viagens internacionais, sobretudo na Argentina, com consumidores possivelmente reagindo de forma antecipada a potenciais mudanças daquele país. Em 2021, a receita líquida foi de R$ 825,9 milhões, 59,6% superior à de 2020.
Digitalização
Após sofrer um ataque hacker no ano passado, a CVC se comprometeu a digitalizar suas operações neste ano e utilizar estratégia baseada em ciência de dados para alavancar os negócios.
Pressão total
O presidente da CVC Corp, Leonel Andrade, está otimista em relação à pandemia. Para ele, 2021 foi o último ano com impacto total da covid-19 no negócio. De acordo com o executivo, entre novembro e dezembro, a companhia tinha 66% das reservas do que se tinha no mesmo período de 2019. “Temos confiança na recuperação; com malha aérea de ao menos 90% do pré-pandemia”, afirmou aos investidores. Ele afirma que, em 2022, a companhia fará expansão massiva de lojas e deve investir 20% a mais que em 2021.