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Dados do IBGE sobre desemprego são afetados pela greve

IBGE teve o mesmo problema em junho; não há definição sobre quando os números completos de junho e julho serão divulgados

Por Fernanda Nunes e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A greve dos funcionários públicos prejudicou, principalmente, o processo de transmissão e de análise dos dados coletados sobre o mercado de trabalho, do que a realização de entrevistas para a composição da PME, segundo a diretora de Pesquisas IBGE, Marcia Quintslr. O IBGE informou que não há definição sobre quando os números completos de junho e julho serão divulgados, já que o trabalho depende do fim da greve.

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A greve dos funcionários públicos não irá afetar a composição da série histórica PME, informou o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. Ele argumenta que a coleta de informações foi realizada. O grande prejuízo da greve foi na transmissão dos dados.

O número de entrevistas transmitidas para sua equipe não foi suficiente para que as estatísticas gerassem uma análise de qualidade. Assim que a greve acabar, de posse de todas as estatísticas, as análises serão feitas e a série histórica ficará completa, segundo Azeredo.

O instituto divulgou hoje um retrato incompleto do mercado de trabalho, sem os dados das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Salvador, o que impediu o cálculo de uma taxa média para o País em julho. No Rio de Janeiro, o IBGE chegou a realizar 56% das entrevistas e, em Salvador, 60%.

Em junho, a pesquisa já havia sido prejudicada pela greve, que impediu a realização completa das entrevistas no Rio de Janeiro. Foram realizadas apenas 40% das entrevistas até a divulgação da PME de junho. Posteriormente, o porcentual avançou para 64%, segundo o IBGE. Ainda assim, o instituto considera o volume de entrevistas realizadas insuficiente para garantir uma análise de qualidade dos dados.

Para as pesquisas que utilizam as estatísticas de emprego em sua composição, como o Produto Interno Bruto (PIB), o IBGE irá utilizar outras fontes de informação complementares, que irão garantir a qualidade da divulgação, segundo Marcia.

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